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sábado, 15 de abril de 2017

Au Pair - Minhas entrevistas com as famílias - Cultural Care


Meu processo para ser Au Pair foi bem intenso, principalmente porque eu corria contra o tempo. Como estava prestes a completar 27 anos, cada segundo se tornou importante.

Minhas entrevistas foram liberadas no segundo semestre de 2012 quando eu já tinha 26 anos de idade. Eu não consigo me lembrar de todos detalhes, mas de maneira geral, lembro que se fosse escolher uma palavra para definir essa parte do processo, seria AZAR. Simplesmente a sorte ficou bem longe de mim.


Os primeiros dois meses, não apareceu uma familinha pra me dar uma esperançazinha que fosse. Eu fiquei super agitada. Já é natural o desespero de quem quer ser Au Pair, quando se tem quase 27 anos, dá pra multiplicar esse desespero por 8973982347932. A primeira família que me deu um oi era adorável. Era uma família com 5 kids, mas, que sem dúvida, foi uma das minhas famílias favoritas. Até hoje me sinto chateada por não ter dado certo. A mãe parecia bem presente da vida do filhos e cheinha de ideias humanitárias. Eu senti o famoso feeling logo no início. Cuidar das 5 crianças nem me assustava. Conversamos durante um mês mais ou menos. Ela estava conversando com outras meninas e creio que tivemos mais ou menos umas 5 conversas por skype. Ela decidiu fechar comigo e minha alegria era total. Porém, lembrem-se! Meu processo foi puro azar. Depois que ela mandou um e-mail para fechar comigo e me alertou que já mexeria com a documentação no dia seguinte, algo absurdo aconteceu: o furacão Sandy. Isso mesmo... O maldito Sandy passou pela cidade dela trazendo bastante problemas. Ela foi muito educada, me mandou uma mensagem direta dizendo que veria sobre o processo depois e que quase não tinha bateria no celular, ainda me disse que todos na casa dela estavam bem, mas que sua região tinha sido muito danificada e que ela não sabia quando teria bateria no celular para conversar comigo novamente. Passaram-se uns três dias, ela me mandou um e-mail lindo, contando um pouquinho sobre como foi, agradecendo minha atenção e dizendo que não teria Au Pair naquele momento, pois teve muitos gastos com a casa dela e teria que se concentrar na recuperação das destruições causadas pelo Sandy.

Depois disso, eu me perdi sobre quem foi a segunda ou terceira família. Também, nem me lembro quantas foram ao certo. Não foram tantas. Algumas, seguravam o meu perfil (Na época que eu estava no processo, na Cultural Care, quando uma família escolhia o meu perfil, outras não poderiam vê-lo. Eu não sei se ainda é assim) e não falavam comigo. Isso me deixava tão chateada. Houve uma família, que durante um mês fez isso. Entrava segurava meu perfil, não falava comigo, saía do meu perfil, segurava meu perfil, não falava nada... Eu cheguei a reclamar para a Cultural Care sobre isso e pedi para que essa família fosse bloqueada. Não adiantou, foi mais ou menos um mês assim. E enquanto isso, eu não me esquecia de que cada segundo era muito precioso para mim.

Uma família no estado de Washington entrou em contato comigo. Eram gêmeos e ambos autistas. Imaginei que seria um desafio, mas ao mesmo tempo, tinha certeza que seria um aprendizado imenso para mim. A família parecia bem agradável e como eu sabia que a Au Pair anterior era brasileira, pedi o e-mail dela e o Host Dad me passou rapidamente. Conversei com a garota que tinha sido Au Pair. Foi ótimo! Ela me explicou bastante coisas sobre a rotina da Kids e tudo mais. Ela disse que o Host Dad era um amor de pessoas e que ela amava demais os gêmeos, disse que não passava um dia no qual ela não sentisse muita falta deles. O problema era a Host Mom, ela me alertou que a mulher era muito grossa e gritava o tempo todo. Antes de iniciar as entrevistas, eu ponderei sobre quais seriam minhas prioridades e, definitivamente, era uma prioridade para mim, eu ser bem tratada. Eu realmente odeio gritos de adultos, odeio, odeio, odeio. Eu não quis fechar com a família, também não tinha sentido feeling, tinha gostado da ideia de cuidar dos gêmeos, mas eu não suportaria nem uma vez que ficassem gritando comigo.


O tempo foi passando, passando e passando. Mais e mais famílias seguravam meu perfil por três dias, uma semana sem dar um oi sequer. Quando novamente uma família decidiu conversar comigo. Essa era do Texas, três kids e uma Host Mom bem dedicada, pelo menos aparentemente. Não tive o tal feeling, mas o desespero já era tão grande que fiz o meu melhor. Nossa entrevista tinha sido muito boa e ela disse ter gostado de mim. No entanto, ela simplesmente saiu do meu perfil. No mesmo dia, recebi um e-mail da Cultural Care, falando sobre essa família. Eu fiquei :O . Dessa vez, foi my mistake. No status do meu skype estava escrito "I'm evil" e claro que isso pegou super mal. Eu, no lugar dela, faria o mesmo. Iria entrevistar outra pessoa. Eu havia feito esse status estúpido, brincando com meu namorado (que na época era apenas meu amigo). Era um total deboche. Eu sou daquelas que desvio para não pisar na formiga e deixá-la viver. Eu simplesmente estava brincando. Mas, a Host Mom não me conhece. Eu fico chocada por me lembrar da minha estupidez. De qualquer modo, eu não tinha sentido o tal feeling e não adiantava chorar pelo leite derramado.

Outra família entrou em contato comigo, essa era do estado de Nova York. Eles eram chineses e eu conseguia ouvir muito bem o sotaque deles. Eu achei bem interessante o perfil da família e fiquei bem interessada em saber mais sobre eles. Eles quiseram me ligar antes de usarmos o Skype. And guess what? Eu não conseguia entendê-los. Eu não entendi quase nada. Foi tão frustante. E eles, imediatamente, saíram do meu perfil. Confirmei com a Cultural Care e fui informada que realmente meu inglês tinha sido o motivo da família nem querer o skype. Eu fiquei chateada nos primeiros dez minutos, porque depois achei bom. Ah! Se não tinham um mínimo de paciência com meu inglês, imagine só com as demais coisas mais complexas?!


Nesse ponto, minha preocupação já estava estourando e conversei com a Cultural Care para me ajudarem de algum modo. A agente marcou um novo teste de inglês comigo, fiz o teste pelo Skype e me enchi de esperanças quando ela disse que meu nível de inglês estava melhor. Eu estava estudando todos os dias. Mas, minha sorte não mudou. Era azar mesmo. Um homem de New Jersey entrou em contato comigo. Era para eu cuidar de apenas uma menininha de 3 anos de idade. A região dele tem mercados e restaurantes brasileiros. Poderia ir facilmente para New York City, A mãe não morava em casa e ele passava muito tempo trabalhando. Eu tinha gostado do perfil. Porém, ele ficou mais de um fucking mês no meu perfil sem marcar uma entrevista de skype. Quer dizer, ele marcava e desmarcava. Depois de mais ou menos um mês e meio, finalmente nos falamos por skype. A filha dele não parava de gritar um só minuto e ele estava super estressado, desgastado. Ao invés de isso me afastar, eu senti ainda mais vontade de ser Au Pair dessa Host Family. Pensei que eu poderia realmente ajudar. Eu tenho paciência com criança e ele estava tão exausto. Enfim, ele me disse que queria fechar comigo, mas precisava resolver uns problemas e eu esperei mais um mês. Ou seja, por dois meses e meio ele estava com meu perfil (perfil que estava bloqueado para outras Host Families. Mas, ok! Ele disse que fecharia comigo e eu tinha gostado da ideia. Conversamos mais uma vez por skype e ele disse que estava vendo tudo. Depois de três meses com meu perfil, ele simplesmente me disse desculpas, contudo não poderia fechar comigo. Que na verdade, estava deixando a ideia de ter Au Pair no momento. Ele me explicou que estava em processo de divórcio e não tinha certeza se continuaria casado ou não, por isso, era melhor deixar isso para depois. Eu entendi. Desejei o bem para ele (de verdade mesmo). Eu desconfio que a esposa voltou com ele. Sei lá.. só sei que o tempo estava passando. E enquanto toda essa lambança ocorria, eu tentava ter suporte e conselhos da Cultural Care, mas havia tantas coisas acontecendo. Por exemplo, a agente que me atendia, não estava mais empregada na Cultural Care e por um tempo, eu não tinha agente. O pior é que levou tempo para eu ter resposta e a agente nova, pouco sabia de mim ou do que fosse. Meu tempo estava passando e tudo isso acontecendo.

Foi, então, que eu decidi fazer minha inscrição na AuPairCare, onde fiz meu match. Se quiser conferir, eu contei tudinho também no texto Au Pair - Entrevistas com as famílias - AuPairCare.

Durante três meses, estive online na Cultural Care e na AuPairCare. Apareciam algumas pessoas no meu perfil, mas nem falavam comigo e fui tentando relaxar. Não adiantaria o desespero. Só tentei mesmo, porque não relaxei nada hahahaha.

Meu aniversário é 9 de setembro. Dia 30/07/2013 recebi o seguinte e-mail da Cultural Care:

"Olá Flávia, como vai?

Tentei contato com você hoje, porém sem sucesso.

Infelizmente já passou a data pela qual você poderia viajar como au pair, vez que você fará 27 anos em Setembro.

Agradecemos muito seu interesse no programa de intercâmbio e desejamos muito sucesso em seus planos futuros.

Estou a disposição

Atenciosamente
Fulana"


Eu sei que posso parecer chata. Mas, quando construímos um conho e alguém nos diz "obrigada, porém não dá mais" é muito frustante. Além do mais, embora a Cultural Care era maravilhosa em muitos aspectos, eu tinha críticas sobre como as famílias seguram nossos perfis, por isso, respondi:"Fulana, 

Muito grata pelo seu e-mail.

Nos últimos meses, me inscrevi na AU PAIR CARE e lá tive muito sucesso. Não posso reclamar da CULTURAL CARE, fui bem atendida e tudo mais... Mas sinceramente, o programa que vocês usam para escolher família é muito inferior se comprar com a APC. Bem, o fato da família "segurar" nosso perfil enquanto está apenas analisando, é péssimo.  Tantas famílias mostram interesse e nada.. E as que ficam por semanas e nada.. Eu acho que isso poderia ser revisto. Estou escrevendo o e-mail como uma crítica construtiva. Uma vez, a Siclana me disse que esse era um meio de não nos confundirmos. Mas perae.. se a pessoa se confundir com isso, melhor nem ir pra outro país cuidar de crianças. Nada disso...
Em três meses na APC eu tive muito mais sucesso do que o ano inteiro na CC, somente porque as famílias já enviam e-mail em seguida do interesse, bem como várias podem ver nosso perfil ao mesmo tempo. Assim como a família pode escolher entre várias au pairs, é bacana que nós tenhamos o mesmo. Eu pude escolher, conversando com várias famílias ao mesmo tempo. Eu vou ser au pair pela APC.

Hoje, eu indico a APC e espero mesmo que a CC melhore nesse aspecto. Vocês estão lidando não só com clientes, mas com os sonhos delas.


Desejo-te em 2013 repleto de sucesso

Atenciosamente,
Flávia"



Ela me respondeu:

Olá Flávia,

Muito obrigada pelo retorno.

Nosso processo de colocação é extremamente personalizado buscando sempre atender as necessidades das famílias e das au pairs, buscando perfis parecidos, com os mesmo interesses e gostos. Este tipo de processo de colocação auxilia a au pair e a família a obterem um ano de muito mais sucesso.

Fico muito feliz em saber que você irá realizar o seu sonho, muito sucesso nesta nova etapa.



Estou a disposição


Atenciosamente,
Fulana"

Talvez, essa seja realmente a opinião dela. Talvez, ela apenas esteja cumprindo com o dever. Talvez, ela nem tenha autonomia para lidar com isso. Mas, sinto-me bem por ter me expressado. Pode ser que todos tenham sucesso e foi besteira minha. Mas, ainda acho que uma Host Family nos bloquear para outras não ajuda em nada. Depois disso, nem pesquisei sobre isso, se ainda utilizam o mesmo método, apenas segui minha vida na AuPairCare.
No final das contas, foi uma experiência e tanto. E hoje, eu vejo que ainda que o método de fazer o match com as famílias não seja meu favorito. No final das contas, eu tive mesmo foi AZAR.









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