Sobre Au Pair - by Flávia Zayas é um blog específico para trocar experiências, trazer informações e tirar dúvidas a respeito do programa Au Pair.
Confiram meu canal no youtube com mais dicas a respeito desse intercâmbio www.youtube.com/c/flaviazayas
Tenho um outro blog :D flaviazayas@blogspot.com e um instagram com dicas de inglês @inglesflaviazayas
Deixei disponível um modelo de tradução dos Antecendentes Criminais em inglês. Para quem precisa fazer essa tradução e não tem necessidade que ela seja autenticada e/ou traduzida por um tradutor oficial, fica como uma opção.
Para ter acesso ao arquivo no workd, basta baixa-lo do 4shared, confome o link abaixo.
Quando nos interessamos pelo Au Pair, é bem comum procurarmos canais no youtube, blogs e grupos de facebook. E muitas vezes, as pessoas usam um vocabulário que nos deixa meio confuso. Eu vou listar algumas palavrinhas muito usadas e seus significados. No entanto, esse vocabulário será mais aquele utilizados nas redes sociais e sobre o Programa. Não será o vocabulário do cotidiano da Au Pair relacionado a suas atividades, como por exemplo, palavras do que tem no quarto das crianças e etc. Esse tipo de vocabulário, eu deixarei para outra postagem. Então, bora ver os vocabulários que nos deixam confusas nas redes sociais.
Host family - Família anfitriã ou família hospedeira. A família com quem a(o) Au Pair vai morar.
Host mom - Mãe anfitriã. A mãe das crianças que a(o) Au Pair vai cuidar.
Host dad - Pai anfitriã. A pai das crianças que a(o) Au Pair vai cuidar.
Host kids / Host children - As crianças anfitriãs. As crianças que a(o) Au Pair vai cuidar.
Fofa / Fofo - É um jeito - muitas vezes irônico ou simplesmente uma maneira - de chamar a mãe e o pai anfitriãos.
Match - É quando existe uma combinação entre a Au Pair e a Host Family. Ou seja, quando os dois lados se interessam e fecham o contrato.
First Match - Quando você terá seu primeiro contrato, nunca teve com uma família antes.
Rematch - É uma recombinação entre a Au Pair e a Host Family. Ou seja, quando não dá certo a convivência entre a Au Pair e a Host Family, por isso, ambos tentam um novo match com alguém diferente.
Extensão - Nos EUA, o programa Au Pair dura 12 meses. Se a(o) Au Pair quiser, pode estender seu tempo de estadia por 6, 9 ou 12 meses.
Up nos comentários dos grupos do Facebook: Quando a pessoa quer ajudar ao post ficar mais em evidência, escreve "up".
Ac nos comentários dos grupos do Facebook: Quando a pessoa quer acompanhar o post e prefere escrever "ac" do que seguir de outro modo.
LCC - É uma pessoa responsável pela comunicação entre: Au Pair - Agência / Au Pair - Host Family / Host Family - Au Pair / Host Family - Agência. Quer dizer, quando uma das partes precisa resolver algo burocrático ou estão desrespeitando regras, a LCC é a pessoa que tentará resolver o problema ou situação. É uma consultora local, responsável por um número x de Au Pairs e Host Families de uma determinada área.
Coordenadora de Áreia - É uma pessoa responsável por uma área bem maior do que a LCC, ela também será responsável pela comunicação da LCC com a Au Pair e com a Host Family. Em alguns casos, ela será responsável para resolver o problema da Au Pair em situações mais complicadas ou negligência da LCC, por exemplo.
Grace Period - É o tempo que a(o) Au Pair pode desfrutar nos EUA depois que acaba o intercâmbio. Ou seja, para quem fica um ano no Programa Au Pair, tem o direito de usufruir um mês de Grace Period. Nesse tempo, a pessoa pode ficar onde quiser e não será remunerada. O tempo do Grace Period é o mesmo para casos que a pessoa estende o programa para 6, 9 ou 12 meses. Sempre será até um mês e se inicia depois do último dia trabalhado.
Curfew - Toque de recolher. Trata-se do horário que a(o) Au Pair deve estar em casa. Por exemplo, se o curfew for 10 horas da noite, a(o) Au Pair deve chegar na casa da Host Family até esse horário.
Drivers license - Licença para dirigir. Carteira de Motorista.
PID - Permissão Internacional para Dirigir. Em inglês: IDL - International Drivers License.
CC - Cultural Care (agência de Au Pair americana).
APC - AuPairCare (agência de Au Pair americana).
APIA - Au Pair In America (agência de Au Pair americana).
MOS - Months - mês.
YO - Years old - Anos de idade.
Health Insurance - Seguro de Saúde.
Car Insurance - Seguro de carro.
Credit Score - O número de crédito que uma pessoa tem. É uma infomação que cada pessoa tem sobre o quão confiável ela é para fazer compras, adquirir cartões de créditos e etc. Em uma comparação boba, seria o Nome Limpo e Nome Sujo no Brasil. Uma pessoa que chega nos EUA não tem Credit Score, se tiver interesse, deve construi-lo.
Discover - Cartão de crédito bem comum entre as(os) Au Pairs. Se você estiver nos EUA e quiser solicitar esse cartão de crédito, basta acessar o meu convite: https://refer.discover.com/s/e3j7w
Influenster - Site que a pessoa recebe produtos para experimentar e fazer avaliações. Bem comum entre as Au Pairs. Se você estiver nos EUA e quiser participar do Influenster, basta acessar o meu convite: www.influenster.com/r/822958
Ibotta: Aplicativo famoso entre as(os) Au Pairs do qual a pessoa consegue dinheiro por fazer compras de certos produtos cadrastos em diversos supermercados e lojas. O dinheiro pode ser retirado como gift card. Se você estiver nos EUA e tiver interesse em usar o Ibotta, basta acessar o meu convite: https://ibotta,com/r/cwptaxx
DS-160 - Documento que preenchemos para tirar o visto.
IQ - Infant Qualified: Experiência com crianças mais nova do que 2 anos de idade.
Under - 2 anos de idade ou menos.
Under 21 - 21 anos de idade ou menos. Essa é a maioridade nos EUA para beber alcool.
ESL - English as a Second Language. Inglês como segunda língua. É um curso bem comum entre as(os) Au Pairs.
University / College: De um modo prático, ambos são a Universidade / Faculdade.
Community College: São faculdade menores dos que as Universities e mais baratas. Muitas(os) Au Pairs optam pelo Community College.
6 Credits - 6 créditos exigidos pelo programa. Esses créditos são adquiridos quando estudamos numa University ou Community College. O nímero de créditos variam de acordo com o tempo e tipo de curso, deve ser analisado cada curso e instituição.
Payment - Pagamento.
Pay Day - Dia do pagamento.
Basement - Porão da casa. Muitas(os) Au Pair têm seus quartos no basement. Eu sei que pode parecer estranho, mas isso é muito comum, e alias, para muitos, é preferência.
Vacation: Férias.
Esses foram os que eu me lembrei por agora, se eu me lembrar de mais algum, vou editar e acrescentar.
Quando decidi ser Au Pair, já tinha quase 26 anos. Mexer com todo o processo foi mais demorado que eu imaginava e a luta contra o tempo foi grande.
Optei pela Cultural Care e estive um ano online sendo entrevistas por diferentes Host Families sem sucesso. Tem um texto que eu conto tudinho, quer ler? Au Pair - Entrevistas com as famílias - Cultural Care Au Pair - Entrevistas com as famílias - Cultural Care. Entretanto, não tive sucesso. Em verdade, vivi um show de Azar. Quando faltavam 4 meses para minha deadline para encontrar uma Host Family, decidi arriscar mais um pouquinho e me inscrevi também na AuPairCare. Tive apenas três meses online, mas foi o bastante para eu poder conversar com algumas famílias e conseguir meu match nos acréscimos do segundo tempo.
A primeira família que entrou em contato comigo era vegana. Eu fiquei super interessada. Sempre quis ter a experiência de viver um pouco como vegana. Tive duas conversas pelo skype com a famíli e gostei muito da Host Mom. Era para eu cuidar de dois meninos. Não consigo me lembrar de onde eles eram. Acho que eram de New Jersey. Mas, infelizmente, eles encontraram uma moça que se encaixava mais no que procuravam e de modo muito suave e educado, me dispensaram.
A outra família foi a família dos meus sonhos. Não me lembro, também, de onde eram. Mas eu trabalharia apenas Sexta e Domingo, dirigindo para três adolescentes. Como se tratava de uma família no qual os pais se divorciaram. Eu levaria os adolescentes, nos finais de semanas, até a casa do pai, depois os buscariam. Tirando isso, faria a laundry deles e isso é tudo. Não poderia ser melhor. Eu fiquei muito muito muito apaixonada por essa ideia. Mas, novamente, a família encontrou outra Au Pair que já estavam conversando antes e fecharam com ela. Para falar a verdade, nem cheguei a ter entrevista com a Host Mom, mas ela era tão querida que me mandou um e-mail dando satisfação já que tinha mandado "interesse" para mim.
A próxima família, era de Maryland, dois bebês para cuidar. Me simpatizei muito com a Host Family. A Host Mom parecia ser uma pessoa muito consciente. Tivemos umas duas entrevistas pelos Skype e mais algumas trocas de e-mails. Ela disse que estava entrevistando outras pessoas e me falaria se quisesse fechar comigo. Passou um mês e nada dela responder.
Meu tempo estava quase acabando. Eu estava mesmo em desespero. Já comecei a pensar que não seria Au Pair. Quando uma família do Brooklin, pensa bem... Brooklin, entrou em contato comigo e tivemos duas entrevistas pelo Skype. Eu cuidaria de duas meninas e simplesmente me diverti até conversando com a Host Mom. Ela decidiu fechar comigo e me mandou um e-mail. Eu nem acredite. Faltava pouquíssimo tempo para minha deadline e finalmente havia encontrado uma família. Mas sabe... rapadura é doce, mas não é mole não. :( Ela me mandou um e-mail, quando faltava mais ou menos uma semana me falando que não poderia ter o match, já que ela precisava pagar para a agência num prazo que eu não poderia, pois seria após minha deadline. Eu não pude acreditar. Estava devastada. Chorei horrores.
Minha mãe me alertou que eu era uma besta e que ainda tinha uma semana para conseguir uma família e mais que enquanto eu tivesse um dia, isso seria possível. Não é que ela estava certa? A família de Maryland entrou em contato comigo e disse que fecharia comigo. Tudo isso, três dias antes da minha deadline. Really? Yeah! O problema é que pra ficar um pouco mais emocionante, deu um probleminha na agência e minha Host Mom me alertou que estava fazendo de tudo o que poderia, mas que a agência estava dando trabalho. Foi literalmente no último dia da minha deadline que ela terminou o processo e tive match. Eu quase não acreditava! Mas é assim mesmo, minha vida é lotada de emoções. E com todas as emoções, tornei-me Au Pair.
Extra! Extra! Já sabe o que envolve ser Au Pair? Dá uma olhadinha neste vídeo que conta um pouquinho sobre isso: https://youtu.be/h_EJ0Jstw6A
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Meu processo para ser Au Pair foi bem intenso, principalmente porque eu corria contra o tempo. Como estava prestes a completar 27 anos, cada segundo se tornou importante.
Minhas entrevistas foram liberadas no segundo semestre de 2012 quando eu já tinha 26 anos de idade. Eu não consigo me lembrar de todos detalhes, mas de maneira geral, lembro que se fosse escolher uma palavra para definir essa parte do processo, seria AZAR. Simplesmente a sorte ficou bem longe de mim.
Os primeiros dois meses, não apareceu uma familinha pra me dar uma esperançazinha que fosse. Eu fiquei super agitada. Já é natural o desespero de quem quer ser Au Pair, quando se tem quase 27 anos, dá pra multiplicar esse desespero por 8973982347932. A primeira família que me deu um oi era adorável. Era uma família com 5 kids, mas, que sem dúvida, foi uma das minhas famílias favoritas. Até hoje me sinto chateada por não ter dado certo. A mãe parecia bem presente da vida do filhos e cheinha de ideias humanitárias. Eu senti o famoso feeling logo no início. Cuidar das 5 crianças nem me assustava. Conversamos durante um mês mais ou menos. Ela estava conversando com outras meninas e creio que tivemos mais ou menos umas 5 conversas por skype. Ela decidiu fechar comigo e minha alegria era total. Porém, lembrem-se! Meu processo foi puro azar. Depois que ela mandou um e-mail para fechar comigo e me alertou que já mexeria com a documentação no dia seguinte, algo absurdo aconteceu: o furacão Sandy. Isso mesmo... O maldito Sandy passou pela cidade dela trazendo bastante problemas. Ela foi muito educada, me mandou uma mensagem direta dizendo que veria sobre o processo depois e que quase não tinha bateria no celular, ainda me disse que todos na casa dela estavam bem, mas que sua região tinha sido muito danificada e que ela não sabia quando teria bateria no celular para conversar comigo novamente. Passaram-se uns três dias, ela me mandou um e-mail lindo, contando um pouquinho sobre como foi, agradecendo minha atenção e dizendo que não teria Au Pair naquele momento, pois teve muitos gastos com a casa dela e teria que se concentrar na recuperação das destruições causadas pelo Sandy.
Depois disso, eu me perdi sobre quem foi a segunda ou terceira família. Também, nem me lembro quantas foram ao certo. Não foram tantas. Algumas, seguravam o meu perfil (Na época que eu estava no processo, na Cultural Care, quando uma família escolhia o meu perfil, outras não poderiam vê-lo. Eu não sei se ainda é assim) e não falavam comigo. Isso me deixava tão chateada. Houve uma família, que durante um mês fez isso. Entrava segurava meu perfil, não falava comigo, saía do meu perfil, segurava meu perfil, não falava nada... Eu cheguei a reclamar para a Cultural Care sobre isso e pedi para que essa família fosse bloqueada. Não adiantou, foi mais ou menos um mês assim. E enquanto isso, eu não me esquecia de que cada segundo era muito precioso para mim.
Uma família no estado de Washington entrou em contato comigo. Eram gêmeos e ambos autistas. Imaginei que seria um desafio, mas ao mesmo tempo, tinha certeza que seria um aprendizado imenso para mim. A família parecia bem agradável e como eu sabia que a Au Pair anterior era brasileira, pedi o e-mail dela e o Host Dad me passou rapidamente. Conversei com a garota que tinha sido Au Pair. Foi ótimo! Ela me explicou bastante coisas sobre a rotina da Kids e tudo mais. Ela disse que o Host Dad era um amor de pessoas e que ela amava demais os gêmeos, disse que não passava um dia no qual ela não sentisse muita falta deles. O problema era a Host Mom, ela me alertou que a mulher era muito grossa e gritava o tempo todo. Antes de iniciar as entrevistas, eu ponderei sobre quais seriam minhas prioridades e, definitivamente, era uma prioridade para mim, eu ser bem tratada. Eu realmente odeio gritos de adultos, odeio, odeio, odeio. Eu não quis fechar com a família, também não tinha sentido feeling, tinha gostado da ideia de cuidar dos gêmeos, mas eu não suportaria nem uma vez que ficassem gritando comigo.
O tempo foi passando, passando e passando. Mais e mais famílias seguravam meu perfil por três dias, uma semana sem dar um oi sequer. Quando novamente uma família decidiu conversar comigo. Essa era do Texas, três kids e uma Host Mom bem dedicada, pelo menos aparentemente. Não tive o tal feeling, mas o desespero já era tão grande que fiz o meu melhor. Nossa entrevista tinha sido muito boa e ela disse ter gostado de mim. No entanto, ela simplesmente saiu do meu perfil. No mesmo dia, recebi um e-mail da Cultural Care, falando sobre essa família. Eu fiquei :O . Dessa vez, foi my mistake. No status do meu skype estava escrito "I'm evil" e claro que isso pegou super mal. Eu, no lugar dela, faria o mesmo. Iria entrevistar outra pessoa. Eu havia feito esse status estúpido, brincando com meu namorado (que na época era apenas meu amigo). Era um total deboche. Eu sou daquelas que desvio para não pisar na formiga e deixá-la viver. Eu simplesmente estava brincando. Mas, a Host Mom não me conhece. Eu fico chocada por me lembrar da minha estupidez. De qualquer modo, eu não tinha sentido o tal feeling e não adiantava chorar pelo leite derramado.
Outra família entrou em contato comigo, essa era do estado de Nova York. Eles eram chineses e eu conseguia ouvir muito bem o sotaque deles. Eu achei bem interessante o perfil da família e fiquei bem interessada em saber mais sobre eles. Eles quiseram me ligar antes de usarmos o Skype. And guess what? Eu não conseguia entendê-los. Eu não entendi quase nada. Foi tão frustante. E eles, imediatamente, saíram do meu perfil. Confirmei com a Cultural Care e fui informada que realmente meu inglês tinha sido o motivo da família nem querer o skype. Eu fiquei chateada nos primeiros dez minutos, porque depois achei bom. Ah! Se não tinham um mínimo de paciência com meu inglês, imagine só com as demais coisas mais complexas?!
Nesse ponto, minha preocupação já estava estourando e conversei com a Cultural Care para me ajudarem de algum modo. A agente marcou um novo teste de inglês comigo, fiz o teste pelo Skype e me enchi de esperanças quando ela disse que meu nível de inglês estava melhor. Eu estava estudando todos os dias. Mas, minha sorte não mudou. Era azar mesmo. Um homem de New Jersey entrou em contato comigo. Era para eu cuidar de apenas uma menininha de 3 anos de idade. A região dele tem mercados e restaurantes brasileiros. Poderia ir facilmente para New York City, A mãe não morava em casa e ele passava muito tempo trabalhando. Eu tinha gostado do perfil. Porém, ele ficou mais de um fucking mês no meu perfil sem marcar uma entrevista de skype. Quer dizer, ele marcava e desmarcava. Depois de mais ou menos um mês e meio, finalmente nos falamos por skype. A filha dele não parava de gritar um só minuto e ele estava super estressado, desgastado. Ao invés de isso me afastar, eu senti ainda mais vontade de ser Au Pair dessa Host Family. Pensei que eu poderia realmente ajudar. Eu tenho paciência com criança e ele estava tão exausto. Enfim, ele me disse que queria fechar comigo, mas precisava resolver uns problemas e eu esperei mais um mês. Ou seja, por dois meses e meio ele estava com meu perfil (perfil que estava bloqueado para outras Host Families. Mas, ok! Ele disse que fecharia comigo e eu tinha gostado da ideia. Conversamos mais uma vez por skype e ele disse que estava vendo tudo. Depois de três meses com meu perfil, ele simplesmente me disse desculpas, contudo não poderia fechar comigo. Que na verdade, estava deixando a ideia de ter Au Pair no momento. Ele me explicou que estava em processo de divórcio e não tinha certeza se continuaria casado ou não, por isso, era melhor deixar isso para depois. Eu entendi. Desejei o bem para ele (de verdade mesmo). Eu desconfio que a esposa voltou com ele. Sei lá.. só sei que o tempo estava passando. E enquanto toda essa lambança ocorria, eu tentava ter suporte e conselhos da Cultural Care, mas havia tantas coisas acontecendo. Por exemplo, a agente que me atendia, não estava mais empregada na Cultural Care e por um tempo, eu não tinha agente. O pior é que levou tempo para eu ter resposta e a agente nova, pouco sabia de mim ou do que fosse. Meu tempo estava passando e tudo isso acontecendo.
Durante três meses, estive online na Cultural Care e na AuPairCare. Apareciam algumas pessoas no meu perfil, mas nem falavam comigo e fui tentando relaxar. Não adiantaria o desespero. Só tentei mesmo, porque não relaxei nada hahahaha.
Meu aniversário é 9 de setembro. Dia 30/07/2013 recebi o seguinte e-mail da Cultural Care:
"Olá Flávia, como vai?
Tentei contato com você hoje, porém sem sucesso.
Infelizmente já passou a data pela qual você poderia viajar como au pair, vez que você fará 27 anos em Setembro.
Agradecemos muito seu interesse no programa de intercâmbio e desejamos muito sucesso em seus planos futuros.
Estou a disposição
Atenciosamente Fulana"
Eu sei que posso parecer chata. Mas, quando construímos um conho e alguém nos diz "obrigada, porém não dá mais" é muito frustante. Além do mais, embora a Cultural Care era maravilhosa em muitos aspectos, eu tinha críticas sobre como as famílias seguram nossos perfis, por isso, respondi:"Fulana,
Muito grata pelo seu e-mail.
Nos últimos meses, me inscrevi na AU PAIR CARE e lá tive muito sucesso. Não posso reclamar da CULTURALCARE, fui bem atendida e tudo mais... Mas sinceramente, o programa que vocês usam para escolher família é muito inferior se comprar com a APC. Bem, o fato da família "segurar" nosso perfil enquanto está apenas analisando, é péssimo. Tantas famílias mostram interesse e nada.. E as que ficam por semanas e nada.. Eu acho que isso poderia ser revisto. Estou escrevendo o e-mail como uma crítica construtiva. Uma vez, a Siclana me disse que esse era um meio de não nos confundirmos. Mas perae.. se a pessoa se confundir com isso, melhor nem ir pra outro país cuidar de crianças. Nada disso...
Em três meses na APC eu tive muito mais sucesso do que o ano inteiro na CC, somente porque as famílias já enviam e-mail em seguida do interesse, bem como várias podem ver nosso perfil ao mesmo tempo. Assim como a família pode escolher entre várias au pairs, é bacana que nós tenhamos o mesmo. Eu pude escolher, conversando com várias famílias ao mesmo tempo. Eu vou ser au pair pela APC.
Hoje, eu indico a APC e espero mesmo que a CC melhore nesse aspecto. Vocês estão lidando não só com clientes, mas com os sonhos delas.
Desejo-te em 2013 repleto de sucesso
Atenciosamente, Flávia"
Ela me respondeu:
Olá Flávia,
Muito obrigada pelo retorno.
Nosso processo de colocação é extremamente personalizado buscando sempre atender as necessidades das famílias e das au pairs, buscando perfis parecidos, com os mesmo interesses e gostos. Este tipo de processo de colocação auxilia a au pair e a família a obterem um ano de muito mais sucesso.
Fico muito feliz em saber que você irá realizar o seu sonho, muito sucesso nesta nova etapa.
Estou a disposição
Atenciosamente, Fulana"
Talvez, essa seja realmente a opinião dela. Talvez, ela apenas esteja cumprindo com o dever. Talvez, ela nem tenha autonomia para lidar com isso. Mas, sinto-me bem por ter me expressado. Pode ser que todos tenham sucesso e foi besteira minha. Mas, ainda acho que uma Host Family nos bloquear para outras não ajuda em nada. Depois disso, nem pesquisei sobre isso, se ainda utilizam o mesmo método, apenas segui minha vida na AuPairCare. No final das contas, foi uma experiência e tanto. E hoje, eu vejo que ainda que o método de fazer o match com as famílias não seja meu favorito. No final das contas, eu tive mesmo foi AZAR.
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Quando decidimos ser Au Pair, estamos tomando um grande passo em nossas vidas. Em geral, somos jovens e lotadas(os) de sonhos. Se você for como eu e nunca tiver saído de casa por mais de uma semana antes disso, o passo é ainda maior.
Primeiro ficamos curiosas(os) sobre qual a melhor agência, quais os passos mais sábios para tomarmos inicialmente, e assim por diante. Depois que tomamos as primeiras decisões, começam as ansiedades a respeito de como se dará todo o processo até colocarmos nossos pés no país estrangeiro que no meu caso foi os Estados Unidos. Uma das coisas que nos questionamos e nos cobramos muito é sobre as entrevistas com as famílias e hoje decidi comentar um pouco quais perguntas as famílias me faziam geralmente e quais perguntas as Au Pairs poderiam fazer.
Em geral, as agências usam o seguinte método para ocorrer um match entre a Au Pair e a Host Family: A Au Pair faz um perfil, disponibiliza para a agência. As Host Families têm acesso a esses perfis e escolhem aqueles que mais lhes agradam, depois disso, contatam a Au Pair. Ao gostar do perfil da Au Pair, a Host Family envia-lhe um "interesse", mas isso é feito pelo programa da agência, não significa que de fato a Host Family vá conversar com a(o) Au Pair. No início, eu me sentia insegura de enviar um e-mail para a Host Family antes que ela enviasse para mim. Eu esperava que a família me contatasse primeiro. Com o tempo, mudei de ideia e ponderei que caso a família tivesse tido interesse pelo meu perfil, não teria problema algum mandar um e-mail a ela falando sobre o meu interesse. Então, eu analisava e se gostasse também do perfil da família, enviava um e-mail resumindo um pouco sobre mim e demonstrando meu interesse. Nunca tive problemas com isso, não sei se foi o melhor ou não, o que posso afirmar é que foi o que decidi fazer na época.
Enfim, ao conseguir contato com as famílias, em geral, combinávamos conversar por skype e mesmo com um inglês capengando, eu conseguia conversar o básico.
As perguntas que eu mais recebia eram basicamente estas:
Por que você quer ser Au Pair?
Por que você acha que seria uma boa Au Pair?
Qual sua experiência com crianças?
Que tipo de brincadeiras educativas você faria com as crianças?
Como você lidaria com uma situação x (por exemplo, as crianças fazendo birras ou as crianças agitadas e o dia estar chuvoso, etc)
O que você quer estudar?
Qual sua experiência em dirigir carros?
O que você pretende fazer em seu tempo livre?
Como você lidará com a homesick?
Essas perguntas são as mais gerais e independente do perfil da família, geralmente eram perguntadas. As demais perguntas, em geral, envolviam a realidade das famílias. Veja alguns exemplos de perguntas mais específicas que foram feitas para mim:
Como você lidaria com uma família vegana?
Você se importaria de viajar todas as semanas? Temos duas casas, uma em Pensilvânia e a outra em Nova Iorque.
Você sabe Art & Craft. Eu quero que minha filha faça pelo menos uma Art & Craft por dia?
Qual sua experiência em dirigir na estrada?
Eu sou alérgica a alho, seria um problema para você não ter alho de modo algum em casa?
Somos judeus e as compras de casa só podem ser feitas em alguns mercados específicos, além disso, seguimos regras sobre a alimentação, não misturamos carne e queijo, por exemplo. Você se sentiria à vontade em seguir nossa dieta e apenas ter uma dieta diferente fora da nossa casa?
E por aí vai. Como cada família tem suas similaridades, as perguntas serão feitas de acordo com que a família quer de você. As famílias perguntam tudinho e a(o) Au Pair será cobrada(o) mais tarde pela família à partir do que respondeu. Ah! Vai! Então, eu gostaria de entender por que raios algumas(ns) Au Pairs não fazem perguntas que são importantes para elas? É um medo de perder o match que se esquecem da importância em ter o match com uma família que se encaixe no seu próprio perfil.
Claro que é importante o bom senso e não sair fazendo umas perguntas inúteis ou sem cabimento. Contudo, algumas perguntas são bem importantes para que a(o) Au Pair também tenha noção de onde ela(e) vai pisar. A realidade mesmo só é conhecida na prática, no entanto, já é possível ter uma ideia de como pode ser a rotina e exigências da família e isso ajuda muito. Por isso, veja o que é prioridade para você e faça sim perguntas. Por exemplo, se para você é muito importante não ter horário para chegar em casa, você quer passear nas noitadas, pergunte sobre isso para a Host Family, porque se você não perguntar e a família decidir passar um curfew, sorry!!! Mas, eles estarão fazendo o que é permitido. Tem famílias que se apegam a isso, outras não, se isso for importante para você, já descarte aquelas que não lhe permitiriam sair pelas madrugadas, já evita um problemão. Por exemplo, eu nunca fui muito de passear à noite. Gosto, mas só de vez em quando, então, para mim, isso não era nem um pingo importante, nem perdi meu tempo perguntando sobre isso. Só para vocês terem uma ideia, ambas minhas famílias me deram o curfew para voltar até 00:00 quando eu fosse trabalhar no dia seguinte. Nos dias que eu não fosse trabalhar, tinha sinal verde para voltar a hora que quisesse. E olha que cheguei nos EUA como Au Pair com quase 27 anos :O .
Voltando as nossas perguntas, outra coisa interessante é você perguntar sobre as crianças. Isso vai mostrar para as famílias que você se interessa pelas crianças e não está indo pelo programa Au Pair só pro causa do preço hahaha, mas também será útil para você. Afinal, a maior parte do seu tempo gasto é ao lado das crianças. É importantíssimo você saber como são as crianças que você cuidará.
Resumindo, é relevante perguntar o que for essencial para você e também o que vai afetar sua vida quando for Au Pair.
Sugestões de algumas perguntas:
Qual a normal rotina das kids?
Quais as atividades que as kids mais gostam de fazer?
As kids têm alguma alergia?
Qual a melhor maneira de lidar com as kids quando elas estão tem temper (aquelas birrinhas, sabe?)
Qual o meu curfew? (horário limite para chegar em casa)
Eu posso usar o carro? Tem transporte público?
Tem Universidades e/ou Community Colllege ao redor?
Quais minhas responsabilidades como Au Pair?
Essas e outras perguntas ligadas ao seu dia a dia e sua realidade, são importante de serem feitas. Também, existem perguntas mais específicas. Por exemplo, como não sou religiosa e jamais quero me sentir forçada a participar de qualquer coisa religiosa, eu questionava sobre como a família se sentia diante disso. Então, aquela família mais religiosa e que quisesse que a Au Pair a seguisse, já saberia que eu não seria a pessoa ideal e no final das contas, todos ficávamos felizes. Só por curiosidade, eu até participei de alguns eventos religiosos dos quais me diverti e gostei, mas nunca fui forçada, muito menos me senti forçada a ir, simplesmente fui por minha total vontade.
Quando for possível faça perguntas por e-mail. Na maior parte das vezes, a entrevista ocorre por Skype e não dá pra fazer isso, mas quando der, vale a pena! ;) Para qualquer coisa profissional, os e-mail podem servir como documentos. Por exemplo, se a família se compromete a deixar a(o) Au Pair escolher os dias de férias que ela(e) vai ter durante o intercâmbio e mudam de ideia sem a aprovação da Au Pair, o e-mail que constava o comprometimento da Host Family pode ser útil. E sabe, vou além, quando for combinar alguma coisa com a Host Family, pode exemplo, sobre os estudos ou o que for, realmente, tente usar o e-mail. Lá vai aparecer certinho como foi a conversa e como ambos lidaram com a situação. E-mail é mara!
Está vendo? Mais simples do que você pensava, não é mesmo? Então, bora ser entrevistada(o).
Quer conhecer um pouco da Rotina com as Kids? Dá uma olhada no vídeo abaixo que eu conto a experiência que tive com duas famílias:
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Como encontrar a Host Family perfeita?
Será que para toda a panelinha Au Pair, existe uma tampa Host Family?
Fazer o intercâmbio de Au Pair, exige muita coragem. Isso porque decidimos ficar longe da nossa família e amigos. Damos um tchau para nossa Zona de Conforto sem saber ao certo o que esperar.
No final das contas, decidimos fechar contrato com uma família que não conhecemos pessoalmente e que estará muito muito muito longe de tudo que conhecemos. Passamos a morar com essa família, dividindo os dias bons e os dias ruins.
Sabe quando temos um dia ruim no trabalho e ficamos esperando o final de semana para fugir um pouco das chateações? Pois é! Au Pair não tem esse privilégio. Moramos onde trabalhamos. Durante todo nosso intercâmbio, estaremos convivendo com nossa família nos dias que queremos e nos dias que não queremos também.
"Ok, Flávia. Chega desse papo chato e bora falar onde está a Host Family perfeita."
Certo, certo, certo. Já vou contar tudinho. Primeiro vou responder um questionamento que sempre é polêmico e está na boca das antigas, atuais e futuras Au Pairs: Tem Host Family perfeita? Gente, claro que tem. Existe sim. Perfeitinha! Isso mesmo, existe a possibilidade de encontrar uma Host Family perfeita. Também existe a possibilidade de você ver um ET. Existe a possibilidade de você ficar bilionário ganhando na loteria. Existem possibilidades para tantas coisas.
Honestamente, tenho observado algo. Quando uma Au Pair compartilha nas redes sociais que ela tem uma Host Family perfeita, as chances dela estar com essa família há menos de 3 meses são altíssimas. Quem me motivou a escrever este texto, foi uma dessas meninas. Ela disse que era cruel muitas Au Pairs falarem que não tem Host Family perfeita e que a dela era. Eu comentei que estava feliz por ela e perguntei há quanto tempo ela era Au Pair. Não tive resposta e fui até o perfil dele. Lá, encontrei postagens que indicavam que ela era Au Pair há 2 semanas. Gentemmmmmm!!! Duas semanas!!!! É muita imaturidade tirar conclusões em uma semana. É óbvio que ela não teve tempo algum de analisar e saber se a família é ou não perfeita. Eu desejo, profundamente, que ela viva essa perfeição durante todo o programa. Mas, não posso ignorar o fato de que ela está na fase da "lua de mel" e essa fase é, definitivamente, ótima.
Espera, não quero destruir as esperanças de ninguém. Lembre-se, ninguém pode afirmar que é impossível você ficar bilionário ganhando na loteria.
Isso não é ser negativa, como algumas futuras ou recém-chegadas Au Pair afirmam. Isso é pura realidade.
A boa notícia é que nem tudo é ruim. Vamos comparar o relacionamento de Au Pair e Host Families com um casamento. Quase todo mundo quer casar, quase todo mundo reclama, no início - em geral é uma maravilha, alguns se divorciam. Entre os que divorciam, alguns não querem mais saber de casamentos, outros já procuram um novo par. Com Au Pair, é parecido. Queremos o match, reclamamos sobre a Host Family, embora no início seja uma maravilha, algumas pedem rematch. Entre as que pedem o rematch, algumas não querem saber do programa, outras já procuram uma nova família. e assim por diante.
Quando uma Au Pair reclama de sua família, ela está apenas sendo Au Pair. É natural, em um relacionamento, termos decepções e não há nada de errado nisso. É importante entendermos isso. Precisamos entender que ao escolher uma família, vamos lidar com problemas e isso é super normal, isso é típico de qualquer tipo de relacionamento.
Algumas Host Families são simplesmente péssimas. Horríveis a ponto de serem expulsas de agências. Infelizmente, muitas vezes, não podemos prever. Algumas mentem, por exemplo. O que podemos ter em mente é que sempre é possível um rematch. E o "pior" que pode acontecer é voltarmos para casa e isso não é ruim.
Entretanto, tem muitas coisas que podemos detectar logo no início. Quero dizer, ainda que saibamos que a possibilidade de encontrar uma Host Family perfeita é a mesma de ficarmos bilionários na loteria, podemos tomar passos para conseguirmos uma boa Host Family.
Inicialmente, é importante cada um questionar a si próprio quais são as prioridades a serem consideradas. Se eu sou baladeira, preciso procurar uma família que não me impõe curfew. Se eu tenho dificuldade em lidar com adolescentes, preciso encontrar uma família que tenha bebês ou criancinhas, e assim por diante.
Quer dizer, muitas coisas, podemos resolver ainda na entrevista, se deixarmos de lado nosso desespero pelo match. Uma família entrou em contato comigo e reclamou do piercing que tenho no nariz. Sinceramente, eu não me importaria de tirar meu piercing. Mas, entendi que a família tinha uma perfil que não me agradaria. Para mim, era importante que a família não me cobrasse religiosidade alguma, então, esse era um assunto que eu tratava logo na entrevista. Claro que eu tinha medo de eles acharem ruim eu perguntar isso, mas era mais importante ter um match com uma família que respeitasse o que é importante para mim, do que aceitar tudo o que não quero. Faça perguntas que são importante para você e não ignore coisas que já na entrevista ou no perfil da família tenha te incomodado.
Depois da entrevista, tem os primeiros dias na casa da Host Family e esse período pode ser bem decisivo. Devemos dosar uma atitude ativa com a passiva. Ou seja, por um lado, devemos estabelecer regrinhas para a família não abusar. Por exemplo, não ficar mais tempo do que devemos trabalhar porque ficamos sem graças. A família está atrasada, já mostre seu posicionamento. Seja ativa e não aceite. Por outro lado, devemos ter nosso lado passivo. Como em todo o relacionamento, é importante abrirmos mãos de algumas coisas. Ter o equilíbrio entre ser ativo e ser passivo sempre foi uma das minhas maiores dificuldades e foi algo que me atrapalhou muito. Aprender a dizer não, pode ser um grande desafio.
Com o tempo, a intimidade criada entre Host Family e Au Pair, pode ser bem positiva, mas traz também outros probleminhas. Se a família está abusando da Au Pair, ainda que emocionalmente, eu acredito que o Rematch seja a melhor saída. Mas, em outros casos, como coisas temporárias (a vó das crianças veio passar as férias e opina demais de irritando) ou coisas muito pequenas, o ideal é tentar se desligar. Eu usei a meditação e isso me ajudou muito. Procurava instruções no youtube e me acalmava muito. Também, é importantíssimo lutarmos para termos uma vida além da Host Family. Quer dizer, por mais que nos sintamos cansados, é essencial, sairmos com amigos ou dar uma caminhada mesmo que em volta da rua, Se trancar no quarto todos os dias não vai ajudar. Tente evitar isso. Também, não leve as coisas tão a sério. Minha Host Mom, às vezes, brigava com o marido e ficava de mau humor. No início eu sofria, depois, passei a me desligar. Esse não era um problema meu. Alias, entenda isso, como Au Pair ou não: não sofra com os problemas que você não pode resolver.
Para finalizar, quero deixar um conselho para as futuras Au Pairs. Quando você ver as inúmeras reclamações das Au Pair sobre suas Host Families, não as julgue, seja paciente e tente entender. Você provavelmente estará em situações similares quando for Au Pair. Quando ver uma Au Pair falando que sua Host Family é perfeita, fique feliz por ela, mas entenda que é uma questão de tempo para os problemas aparecerem. E não precisa ficar com medo, cada caso é um caso e você só saberá o seu caso se se permitir vivê-lo. Tenha em mente, também, que os problemas surgirão e quase todos eles poderão ser resolvidos. Você aprenderá muito. E, mais, além dos problemas, você viverá experiências magníficas e inesquecíveis.
Boa sorte! Que sua Host Family te traga muitas boas memórias!
Já conhece meu canal no Youtube? Ainda não? Corre lá www.youtube.com/c/flaviazayas, se inscreva e aproveite! Também tenho um instagram com dicas de inglês o/ @inglesflaviazayas
E quando os país são contra o Intercâmbio de Au Pair :(
Dá até para entender a insegurança de alguns país de sua(seu) filha(o) ir para tão longe de sair das asas das proteções que se tem em casa. Para somar , ainda existem aquelas notícias sobre tráfico humano, tráfico sexual, tráfico de órgão e por aí vai. No final das contas, muitos de nós, enfrentamos problemas para vivermos o novo.
Esse post não é para ser contra os país, para falar a verdade, pelo contrário. É preciso que compreendamos todos os sentimentos que eles passam e toda a dedicação que eles tiveram durante toda a nossa vida.
Morar fora do Brasil, como Au Pair, nos faz crescer muito. Porém, para não virar uma experiência de perigos, eu recomendo que a(o) interessada(o) nesse intercâmbio, procure uma agência confiável e registrada pela governo dos EUA. Certo?
Além das pesquisas, algo que pode ajudar nesse processo, é que os pais ou responsáveis ouçam experiência de outros responsáveis sobre o programa Au Pair. Por isso, recomendo que assistam ao vídeo abaixo, do qual minha mãe falou um pouco sobre as aflições e conquistas em se ter uma filha que foi Au Pair.
Galera, cada um é cada um, claro!!! Cada caso é um caso!!!!
Quer dizer, não existe fórmulas ou modelos perfeitos para nada, quando o assunto é VIDA. Ainda assim, acho que vale a pena passar a "dica" abaixo:
Vejo uma galera super preocupada com os relacionamentos amorosos x fazer intercâmbio. Ora não sabem se devem fazer o intercâmbio tendo um relacionamento no Brasil, ora não sabem se devem deixar o país do intercâmbio ao ter iniciado um relacionamento. Já vou adiantar que não tenho a resposta para ninguém e - para falar a verdade - acho que a única pessoa que tem essa resposta, é você mesmx. De qualquer modo, na hora do aperto, a gente tende a procurar ajuda de quem passa ou já passou pela mesma coisa (super natural, né?!), o problema é quando a gente recebe um monte de informações externas e nos esquecemos de nos perguntamos sobre o que realmente queremos.
Eu não tenho um relacionamento perfeito (embora seja perfeito para mim so far), mas passei por uns apertos ... Eu atrasei minha vinda aos EUA por causa de um relacionamento no Brasil (só não me arrependo porque consegui ser Au Pair - ainda que de última hora). Meu ex-namorado não me pressionava para ficar no Brasil. O problema fui eu mesma. Primeiro porque eu era insegura e achava que iria perdê-lo se fosse embora. E, sinceramente, eu não queria ficar longe dele. Na época, eu não tinha necessariamente desistido de ser Au Pair, mas fui deixando de lado. No final das contas, ele acabou se envolvendo contra pessoa e eu comecei a pensar mais em mim. Foi uma época de muita descoberta e, entre tudo, passei a correr atrás de ser Au Pair. Eu conto sobre como foi o fim do meu relacionamento, se quiser dar uma olhadinha, acesse: Fim do meu relacionamento.
Durante o programa Au Pair, conhece um novo amor. Em verdade, eu já o conhecia online há muito tempo, entretanto, só o conheci - pessoalmente - depois que iniciei e o programa Au Pair e logo assumimos um relacionamento sério. Finalizando o intercâmbio, decidi voltar para o Brasil e decidir nosso casamento depois. Ouvi tantas coisas ruins a esse respeito, do tipo que"ele iria me trair. Eu ficaria deprimida sozinha. Eu perderia a grande oportunidade da minha vida" e eu sempre achei que ele tinha uma oportunidade tão grande quanto a minha por poder se casar comigo. Não é narcisismo, mas eu sempre achei que os dois estavam ganhando, ao meu ver, nunca foi uma vantagem para mim ele ser americano e desvantagem para ele eu ser brasileira e por aí vai.
Eu tinha em mente, que ainda que meu amor por ele fosse forte, eu precisava passar mais um ano ao lado da minha família antes de me casar. E, além disso, eu achava que se nosso relacionamento terminasse por ficarmos distantes durante um ano, para mim não valeria a pena insistir nesse relacionamento.
Enfim, no final das contas, nosso relacionamento nunca ficou abalado por eu ter voltado para o Brasil e agora (depois de um ano) estou aqui feliz ao lado dele, casadinha e curtindo a nova fase. E sobre meu ex, que eu dei ouvido a tantas pessoas e esqueci de ouvir a mim mesma, pois é, ele não está mais ao meu lado, e agora, faz apenas parte do meu passado.
Veja bem, meu interesse aqui não é fazer propaganda de uma vida perfeita... enfrento muitas coisas e sei que eu e meu bofe temos muitos defeitos como casal e como indivíduos. Mas, ainda assim, quis falar com vocês para mostrar que quando nos ouvimos, temos grande chances de conseguirmos sucesso. Porque somente nós mesmos podemos definir nossas prioridades. Quem tomou atitudes diferentes das minhas, não estão necessariamente erradxs. Talvez, para essas pessoas as prioridades e realidade são outras.
Seja como for, quero incentiva-lxs a serem mais amigxs de si proprixs. É importante conversar consigo e se perguntar sobre o que realmente te faz feliz.
Espero que isso ajude um pouquinho alguns dos corações aflitos
Quero recomendar um vídeo que fiz sobre como "enganar" os problemas:
Quando eu comecei o processo de Au Pair, já tinha quase 27 anos. Por isso, imagine só a correria e ansiedade que eu passei. Não vou delongar nesse assunto, pois já contei isso em outro texto.. O que preciso destacar é que a ansiedade foi muito grande e passar pela entrevista para tirada do visto J1, foi um dos momentos mais difíceis que passei.
Eu decidi ir para Brasília tirar meu visto. Como em minha cidade não tinha embaixada, eu precisaria optar entre Brasília, Rio de Janeiro, Recife e São Paulo. Minha lógica foi: Já conheço São Paulo, para Recife sairia mais caro na época, quando eu for para o Rio de Janeiro, quero gastar pelo menos 5 dias, quero conhecer a capital do meu país e dois dias de passeio já será bem legal". Além disso, eu tinha lido em blogs muitas coisas positivas a respeito de Brasília quanto ao atendimento e organização. Logo, escolhi Brasília.
Eu fiquei encantada com a cidade e parecia estar vivendo as músicas do Legião Urbana - a banda que mais me influenciou e mais ouvi na adolescência. Fiquei na casa da tia de um amigo meu que foi muito solícito e me ajudou demais. Afinal, eu já estava gastando tanto dinheiro com o programa e o fato de ter que fazer a entrevista em outro estado, fez com que meu visto ficasse bem caro. Eu fui muito bem atendida pelo meu amigo, achei Brasília linda e tive uma viagem maravilhosa.
Para tirar o visto, é preciso reservar dois dias, um para tirar a foto e outro para a entrevista. No dia de tirar a foto, foi tudo muito tranquilo. Embora eu nunca tivesse ido à Brasília e ser muito burra para direções, eu não tive dificuldade alguma. Brasília é muito organizada e mesmo pessoas como eu conseguem se localizar. Eu estava em uma área denominada Setor Habitacional e precisaria ir para o Setor Comercial, então dentro de um Shopping (não me lembro mais o nome), tiraria a foto. Peguei um ônibus para ir até o shopping e foi tudo muito tranquilo, pois tinha placas em todos lugares e eu já tinha estudado o mapa de Brasília que alias é muito fofo, pois tem formato de avião e por isso é chamado de Plano Piloto. Cheguei ao local, fui atendida exatamente no horário marcado, tudo foi extremamente organizado. Triste foi ver minha foto. O rapaz (brasileiro) que me atendeu, pediu para que eu não sorrisse e não foi favorável ao meu pedido de tirar outra foto. É lamentável ver a feiura que a foto ficou.
No dia seguinte, fui até a embaixada para fazer a temida entrevista. Eu me lembro que tinha dormido super mal na noite anterior por causa da ansiedade. Eu estava morrendo de medo de ter o visto negado, porque além de não ter mais dinheiro para isso, eu estava com quase 27 anos e, provavelmente, não teria tempo para tentar de novo. Dessa vez, decidi ir de táxi e fui a diversão para o taxista naquele dia. Eu tinha tantas ânsias, meu grau de nervosismo era super alto. Lembro-me de ter aberto a janela do carro e ficar com a cara quase para fora no caso de começar a vomitar. Fala sério! Eu não queria ter imprevisto algum e estava super nervosa. Cheguei cerca de 20 minutos antes do horário marcado e tive que esperar meu horário para ser atendida. Deixei tudo no lugar onde eu estava hospedada, pois não queria gastar dinheiro com guarda-volumes e não podemos entrar no local com nada, exceto as documentações necessárias.
Já dentro da embaixada, depois de passar por todas as burocracias concernentes à segurança, esperei cerca de 15 minutos para ser atendida - que no dia, pareciam 3248324723482 horas. O rapaz que me atendeu parecia um pouco com indiano, creio que fosse sua ascendência. Ele começou a entrevista com um bom dia agradável e sorriso no olhar. Isso já me deixou bem mais aliviada e à vontade.
Ele começou a entrevista perguntando como eu estava e se tinha parentes nos Estados Unidos. Como minha irmã já morava lá há algum tempo, falei sorridente que ela morava lá e mal via a hora para visita-la. A partir daí, a entrevista foi em torno da minha visita à minha irmã. Eu achei curioso e até engraçado ele falar tanto sobre isso e deixar o programa Au Pair de lado, mas tentei ir respondendo o que ele perguntasse e pronto. Ele fez perguntas como "Quais os lugares que você mais gostaria de conhecer nos Estados Unidos?", "Onde sua irmã mora?", "O que ela faz?"e etc. Também, tiveram perguntas de níveis pessoais, tais como "O que você faz?" e "Você fala inglês?" Após responder que falava um pouco de inglês, ele passou a conversar comigo apenas em inglês. No decorrer da entrevista, ele perguntou onde minha irmã morava e eu respondi o lugar onde ela morava na época, Carolina do Norte. Depois de um tempo, ele perguntou onde eu ficaria nos Estados Unidos e foi surpreendido com a minha resposta: Maryland. "Como assim, Maryland? Se sua irmã mora na Carolina do Norte, por que você vai para Maryland?", ele perguntou. Foi então que entendi que a entrevista estava tomando o rumo para o turismo, não o Au Pair."Bem, eu serei Au Pair em Maryland, mas nas minhas férias, com certeza vou à Carolina do Norte visitar minha irmã", eu respondi. "Ah, sim! Você quer ser Au Pair", ele retrucou. Quer dizer, até aquele momento, ele não tinha se ligado que eu seria Au Pair, eu não sei se ele não leu meu processo ou apenas se distraiu (com minha beleza hahahah, brinks). No final das contas, já estávamos no final de nossa entrevista que foi super rápida (menos de 10 minutos) e ele fez poucas perguntas sobre o Programa Au Pair, tais como "Por que você decidiu ser Au Pair?", "Quantas kids você cuidará e a idade delas?", "O que seus Hosts fazem"? e etc. Recebi um SIM! E nem vou perder meu tempo tentando descrever minha felicidade, pois as palavras não seriam o bastante.
Uma das coisas que acho importante destacar é sobre falar sempre a verdade. Algumas pessoas falavam para eu negar que tinha parentes nos Estados Unidos. Eu não sei se seria algo negativo se outro agente tivesse me atendido. Porém, prefiro optar pela verdade. E, no final das contas, deu tudo certo. E mais, quando estamos mentindo, podemos falar coisas sem pensar bem. Ele perguntou de duas maneiras diferentes para onde eu estava indo. Imaginem só se eu tivesse mentido para ele, ele teria me pegado naquela hora.
Seja como for, voltei para casa tão aliviada e já comecei a pensar nas malas, nas saudades e nas experiências que iria viver. Meu passaporte chegou em minha casa por correio, cerca de uma semana depois da minha entrevista e em pouco dias embarquei para os Estados Unidos para ser Au Pair.
Vamos falar sobre a carta que devemos escrever para a Host Family que fica disponível em nosso perfil quando estamos no processo para ter o match?
Pois é, nessas horas, dá um branco e, às vezes, não conseguimos ir além da primeira linha :O
É interessante verificar as sugestões de cada agência, porque cada uma pode ter uma diferença, ainda que pequena. Seja como for, de um modo geral, a carta é bem parecida de uma agência para outra.
Vou dar algumas dicas de como escrever essa cartinha e deixar a minha como exemplo. Bora, falar sobre a carta :D
Verifique algumas dicas:
> No primeiro parágrafo, eu recomendo que você se apresente (resumidamente), fale sobre o efeito que o Programa Au Pair tem em você e fale sobre o quão você gosta das crianças. Eu acho bem significativo apresentar tais aspectos, para poder chamar a atenção da família e estimulá-la a ler o restante da carta.
> Nos demais parágrafos, fale sobre você, sua formação, interesse e sua família. E, principalmente, discuta o que você pretende fazer como Au Pair, o porquê de você querer ser Au Pair, e suas experiências acadêmicas, de trabalho e de vida que contribuirão para você ser uma boa Au Pair. Também, fale sobre suas qualidades que também serão relevantes nesse intercâmbio.
Facinho, né? Mais fácil do que pensamos :D
Eu sugiro que a carta tenha muita sinceridade. Você fingir ou mentir algo em uma carta, é bem fácil. Porém, viver essa mentira durante um ano, será bem complicado. Por isso, seja sincerx e pense que é importante ter o match com uma família que se enquadre em seu perfil.
Vou copiar a carta que eu fiz como um modelo. Espero que vocês aproveitem o modelo, mas escreva a cartinha de vocês, cheinha de sinceridade e de coisas relevantes a seu respeito.
Hello my future host family!
I’m glad you are reading my profile and I hope you enjoy it.
I’m Flavia, 26 years old, from Brazil and a person who loves the life. I love kids and I work with kids every single day of my life. Like a teacher I teach them, but I admit that I learn a lot being a teacher. I have a big family and always my life is busy, I am used to do many things in the same time. When I discovered Au Pair program I loved it. Because I could to live a new culture and in the same time spend time with kids. Perfect! I want to tell more about me and I hope match an interview to answer doubts.
Since I was a little child I loved to discover new cultures and I had already decided to be a teacher. First I love kids and teenagers, second I love to study. Almost 5 years ago I read something about au pair program. And I was amazed about it. I thought a lot about it and I prepared myself to be an au pair. In those 5 years I would finish college and be a teacher and have more experiences with kids.
Nowadays I feel prepared to be an au pair. I know it can be not very easy living far way at home, but I am open to learn, learn about the culture, about the family, about the kids and everything else. And being an English teacher, I know I can practice it and be a better professional when I am back in Brazil.
As a teacher I have several students, some are 4 years old, others are 65. Although sometimes it is a challenge, it is also wonderful because I can learn a lot and I can be prepared to solve different situations.
Beyond my experience at school, I have cared for some neighbors’ kids, as you can see in my references. But I would like talk more about the best experience I've in my life regarding kids, in my opinion: caring for my little brother. I remember when he was born, my mother was a little sick, and because of it, I did everything caring for him, for almost 3 months. Like bathe, feed, etc. Now he is 11 and it is interesting, because he is half my brother, half my son. And considering I was 15 when he was born, I treated him as a son also.
My neighbor always ask me watch their kids when they need go out. They believe that I am fun with kids. Sometimes I care almost 8 kids and we can have a good time, playing cards, watching TV, singing, cooking sweets. We really have a fun.
I am very tolerant and I respect differences. I think that differences make life beautiful. I love to learn and discover more and more about life. I think we have to love each other and practice charity always, it does not matter if we will receive something back.
As an au pair, I will be very caring, responsible, patient and punctual. I know kids are what is most precious for their parents, so I will treat your children as I would my own kids (future one heheh).
I would like to also teach about my culture: culinary and others things. I want show how caring and compassionate Brazilians are and I am. And I want to go back to Brazil taking everything I learned about America with me.
Thanks a lot for reading about me and I hope meet you!
Flávia
Quer saber um pouquinho do que rola na Entrevista da Agência para o Programa Au Pair? Dê uma olhadinha no vídeo abaixo. Aproveite e se inscreva no meu Canal para ter mais informações sobre o Porgrama Au Pair e a Vida nos EUA.