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sexta-feira, 28 de abril de 2017

100 perguntas em inglês - entrevista da Agência para a(o) Au Pair.

Galeraaaaa, vou compartilhar aqui com vocês possíveis 100 perguntas - em inglês - que podem ser feitas para candidatas(os) a Au Pair na agência de Au Pair. Se quiserem saber mais sobre a entrevista na agência, leiam o texto Entrevista de Au Pair na agência.

01. Why would you like to become an Au Pair?
02. In your opinion, what are the most important qualities an Au Pair needs to have?
03. What are your interests and hobbies?
04. What do you like to do in your free time?
05. What are your experiences with kids?
06. What do you like to do with children?
07. What can you do to entertain a kid?
08. What do you expect to learn from the Au Pair program?
09. Have you graduated?
10. Do you study? Where? What? When?
11. What was your favorite subject at school?
12. Where did you study English? For how long?
13. Do you work? What do you do? Since when?
14. What do you do nowadays?
15. Do you have family or friends in the U.S.?
16. Tell me about the classes and courses - not related to children - you have done?
17. What will you do when you return to Brazil?
18. How is your relationship with you family?
19. What do your parents do?
20. Have you ever lived alone or far away from your family?
21. Tell me about your siblings?
22.  What are your responsibilities at home?
23.  How is your English?
24. Is your English basic, intermediate or advanced?
25. Are you confident about speaking English in the USA?
26. Do you have piercings or tattoos?
27. How long have you been driving?
28. How comfortable do you feel driving?
29. Are you afraid of driving in the USA?
30. How often do you drive?
31. What kind of roads do you usually drive on?
32. Have you ever driven on a highway?
33. Have you ever been stopped by the police while you were driving because you did something wrong?
34- How would you feel about driving with children?
35. How can you describe your city? What is good and what is bad there?
36. What is your favorite book? How is it? Why is it your favorite one?
37. What is your favorite movie? How is it? Why is it your favorite one?
38. What country would you like to visit? Give examples.
39. Where would you like to visit in the USA?
40. Tell me about something you are afraid of and how do you deal with it?
41. Tell me about something difficult for you and how do you deal with it?
42. Tell me something you consider right and something you consider wrong.
43. What are your strengths and your weaknesses?
44. Where and how do you see yourself in five years?
45. What do you like to cook?
46. What do you usually cook?
47. Do you like to study?
48. How could you deal with a possible problem you can have with your host family?
49. How could you deal with being homesick?
50.  Do you think you will get very sad while you are away from your family? How could you deal with it?
51.  How could your friends or family describe you?
52.  Are you a messy or a neat person?
53. How could you feel living with a messy host family?
54. How could you feel living with a neat family?
55. What do you do when you feel under pressure?
56. What do you think could be your routine as an Au Pair?
53. Do your parents support you to become an Au Pair?
57. Do your parents plan to visit you in the USA?
58. Do you have a curfew nowadays?
59. Would you mind having a curfew when you become Au Pair?
60. Do you like to plan your day or to be spontaneous?
61. If a member of your family or your best friend was going to describe you, what would they say?
62. Do you like to party a lot?
63. Describe your relationship with your family and friends.
64. What is your best childhood memory?
65. Do you regularly need to visit your doctor for a medical condition such as
allergies, asthma, diabetes, epilepsy, etc.?
66. Do you follow a diet?
67. Are you vegetarian or vegan?
68. Do you smoke cigarettes?
69. What things would you like to do while you are in the U.S.?
70. Do you have any hobbies or activities that you would like to continue doing while in the
U.S.?
71. What would you like to cook to show your host family about Brazilian cuisine?
72. What would you like to teach or to show about Brazilian culture to your host family?
73. What do you expect from your Host Family?
74. What do you expect from your Host Kids?
75.Who is responsible for things like cooking, cleaning and doing laundry in your house? How much do your parents expect from you to help? How much do you help?


What would you do...

76. If your kid got angry and started crying without any reason?
77. If your kid didn't listen to you or didn't obey you?
78. If your host kids fought over a toy?
79. If two siblings wanted your attention at the same time?
80. If your kid cried because they miss her/his parents.
81. If you crashed the car but nobody got hurt?
82. If your kid got burned with boiling oil?
83. If you kid fell in the pool and couldn't swim.
84. If your kid fell and got really hurt?
85. If your kid dislocated their ankle?
86. If your kid had a fever?
87. If your neighbor's house was on fire?
88. If you had problems with your host family?
89. If your kid is a toddler and lock himself/herself inside the house while you were outside of it?
90. If there was a black out in the middle of the night and your kids started crying loudly?
91. If your kid didn't want to eat what you cooked?
92. If you had spoiled kid who threw a fit in the supermarket wanting some toy?
93. If your kid put his/her finger on the electrical outlet?
94. If your kid took off their seat belt while you were driving?
95. If it is raining a lot and you cannot go out with your kid?
96. If it is snowing a lot and you cannot go out with your kid?


97. Please, speak about yourself, your goals, your best memories, your interests, etc.
98. Please, tell me a short story of your favorite kid's movie and what did your learn from this?
99. Please, show me how could you speak with 911 if it was necessary. Imagine if your neighbor's house is on fire.
100. Please, show me how could you speak with your host family if your car crashed but you and your kids didn't get hurt?










sábado, 15 de abril de 2017

Au Pair - Minhas entrevistas com as famílias - AuPairCare

Quando decidi ser Au Pair, já tinha quase 26 anos. Mexer com todo o processo foi mais demorado que eu imaginava e a luta contra o tempo foi grande.

Optei pela Cultural Care e estive um ano online sendo entrevistas por diferentes Host Families sem sucesso. Tem um texto que eu conto tudinho, quer ler? Au Pair - Entrevistas com as famílias - Cultural Care  Au Pair - Entrevistas com as famílias - Cultural Care. Entretanto, não tive sucesso. Em verdade, vivi um show de Azar. Quando faltavam 4 meses para minha deadline para encontrar uma Host Family, decidi arriscar mais um pouquinho e me inscrevi também na AuPairCare. Tive apenas três meses online, mas foi o bastante para eu poder conversar com algumas famílias e conseguir meu match nos acréscimos do segundo tempo.

A primeira família que entrou em contato comigo era vegana. Eu fiquei super interessada. Sempre quis ter a experiência de viver um pouco como vegana. Tive duas conversas pelo skype com a famíli e gostei muito da Host Mom. Era para eu cuidar de dois meninos. Não consigo me lembrar de onde eles eram. Acho que eram de New Jersey. Mas, infelizmente, eles encontraram uma moça que se encaixava mais no que procuravam e de modo muito suave e educado, me dispensaram.

A outra família foi a família dos meus sonhos. Não me lembro, também, de onde eram. Mas eu trabalharia apenas Sexta e Domingo, dirigindo para três adolescentes. Como se tratava de uma família no qual os pais se divorciaram. Eu levaria os adolescentes, nos finais de semanas, até a casa do pai, depois os buscariam. Tirando isso, faria a laundry deles e isso é tudo. Não poderia ser melhor. Eu fiquei muito muito muito apaixonada por essa ideia. Mas, novamente, a família encontrou outra Au Pair que já estavam conversando antes  e fecharam com ela. Para falar a verdade, nem cheguei a ter entrevista com a Host Mom, mas ela era tão querida que me mandou um e-mail dando satisfação já que tinha mandado "interesse" para mim.

A próxima família, era de Maryland, dois bebês para cuidar. Me simpatizei muito com a Host Family. A Host Mom parecia ser uma pessoa muito consciente. Tivemos umas duas entrevistas pelos Skype  e mais algumas trocas de e-mails. Ela disse que estava entrevistando outras pessoas e me falaria se quisesse fechar comigo. Passou um mês e nada dela responder.


Meu tempo estava quase acabando. Eu estava mesmo em desespero. Já comecei a pensar que não seria Au Pair. Quando uma família do Brooklin, pensa bem... Brooklin, entrou em contato comigo e tivemos duas entrevistas pelo Skype. Eu cuidaria de duas meninas e simplesmente me diverti até conversando com a Host Mom. Ela decidiu fechar comigo e me mandou um e-mail. Eu nem acredite. Faltava pouquíssimo tempo para minha deadline e finalmente havia encontrado uma família. Mas sabe... rapadura é doce, mas não é mole não. :( Ela me mandou um e-mail, quando faltava mais ou menos uma semana me falando que não poderia ter o match, já que ela precisava pagar para a agência num prazo que eu não poderia, pois seria após minha deadline. Eu não pude acreditar. Estava devastada. Chorei horrores.

Minha mãe me alertou que eu era uma besta e que ainda tinha uma semana para conseguir uma família e mais que enquanto eu tivesse um dia, isso seria possível. Não é que ela estava certa? A família de Maryland entrou em contato comigo e disse que fecharia comigo. Tudo isso, três dias antes da minha deadline. Really? Yeah! O problema é que pra ficar um pouco mais emocionante, deu um probleminha na agência e minha Host Mom me alertou que estava fazendo de tudo o que poderia, mas que a agência estava dando trabalho. Foi literalmente no último dia da minha deadline que ela terminou o processo e tive match. Eu quase não acreditava! Mas é assim mesmo, minha vida é lotada de emoções. E com todas as emoções, tornei-me Au Pair.







Extra! Extra!
Já sabe o que envolve ser Au Pair? Dá uma olhadinha neste vídeo que conta um pouquinho sobre isso: https://youtu.be/h_EJ0Jstw6A

Aproveitem e se inscrevam no meu canal para ter dicas sobre a Vida de Au Pair, também, curiosidades e informações sobre os Estados Unidos e a Língua Inglesa ;) Basta acessar o link a seguir e clicar em "inscreva-se". Curta os assuntos que vocês mais gostarem e deixem seus comentários, assim, posso direcionar um canal cada vez mais do jeitinho que vocês querem o/ :) 

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Au Pair - Minhas entrevistas com as famílias - Cultural Care


Meu processo para ser Au Pair foi bem intenso, principalmente porque eu corria contra o tempo. Como estava prestes a completar 27 anos, cada segundo se tornou importante.

Minhas entrevistas foram liberadas no segundo semestre de 2012 quando eu já tinha 26 anos de idade. Eu não consigo me lembrar de todos detalhes, mas de maneira geral, lembro que se fosse escolher uma palavra para definir essa parte do processo, seria AZAR. Simplesmente a sorte ficou bem longe de mim.


Os primeiros dois meses, não apareceu uma familinha pra me dar uma esperançazinha que fosse. Eu fiquei super agitada. Já é natural o desespero de quem quer ser Au Pair, quando se tem quase 27 anos, dá pra multiplicar esse desespero por 8973982347932. A primeira família que me deu um oi era adorável. Era uma família com 5 kids, mas, que sem dúvida, foi uma das minhas famílias favoritas. Até hoje me sinto chateada por não ter dado certo. A mãe parecia bem presente da vida do filhos e cheinha de ideias humanitárias. Eu senti o famoso feeling logo no início. Cuidar das 5 crianças nem me assustava. Conversamos durante um mês mais ou menos. Ela estava conversando com outras meninas e creio que tivemos mais ou menos umas 5 conversas por skype. Ela decidiu fechar comigo e minha alegria era total. Porém, lembrem-se! Meu processo foi puro azar. Depois que ela mandou um e-mail para fechar comigo e me alertou que já mexeria com a documentação no dia seguinte, algo absurdo aconteceu: o furacão Sandy. Isso mesmo... O maldito Sandy passou pela cidade dela trazendo bastante problemas. Ela foi muito educada, me mandou uma mensagem direta dizendo que veria sobre o processo depois e que quase não tinha bateria no celular, ainda me disse que todos na casa dela estavam bem, mas que sua região tinha sido muito danificada e que ela não sabia quando teria bateria no celular para conversar comigo novamente. Passaram-se uns três dias, ela me mandou um e-mail lindo, contando um pouquinho sobre como foi, agradecendo minha atenção e dizendo que não teria Au Pair naquele momento, pois teve muitos gastos com a casa dela e teria que se concentrar na recuperação das destruições causadas pelo Sandy.

Depois disso, eu me perdi sobre quem foi a segunda ou terceira família. Também, nem me lembro quantas foram ao certo. Não foram tantas. Algumas, seguravam o meu perfil (Na época que eu estava no processo, na Cultural Care, quando uma família escolhia o meu perfil, outras não poderiam vê-lo. Eu não sei se ainda é assim) e não falavam comigo. Isso me deixava tão chateada. Houve uma família, que durante um mês fez isso. Entrava segurava meu perfil, não falava comigo, saía do meu perfil, segurava meu perfil, não falava nada... Eu cheguei a reclamar para a Cultural Care sobre isso e pedi para que essa família fosse bloqueada. Não adiantou, foi mais ou menos um mês assim. E enquanto isso, eu não me esquecia de que cada segundo era muito precioso para mim.

Uma família no estado de Washington entrou em contato comigo. Eram gêmeos e ambos autistas. Imaginei que seria um desafio, mas ao mesmo tempo, tinha certeza que seria um aprendizado imenso para mim. A família parecia bem agradável e como eu sabia que a Au Pair anterior era brasileira, pedi o e-mail dela e o Host Dad me passou rapidamente. Conversei com a garota que tinha sido Au Pair. Foi ótimo! Ela me explicou bastante coisas sobre a rotina da Kids e tudo mais. Ela disse que o Host Dad era um amor de pessoas e que ela amava demais os gêmeos, disse que não passava um dia no qual ela não sentisse muita falta deles. O problema era a Host Mom, ela me alertou que a mulher era muito grossa e gritava o tempo todo. Antes de iniciar as entrevistas, eu ponderei sobre quais seriam minhas prioridades e, definitivamente, era uma prioridade para mim, eu ser bem tratada. Eu realmente odeio gritos de adultos, odeio, odeio, odeio. Eu não quis fechar com a família, também não tinha sentido feeling, tinha gostado da ideia de cuidar dos gêmeos, mas eu não suportaria nem uma vez que ficassem gritando comigo.


O tempo foi passando, passando e passando. Mais e mais famílias seguravam meu perfil por três dias, uma semana sem dar um oi sequer. Quando novamente uma família decidiu conversar comigo. Essa era do Texas, três kids e uma Host Mom bem dedicada, pelo menos aparentemente. Não tive o tal feeling, mas o desespero já era tão grande que fiz o meu melhor. Nossa entrevista tinha sido muito boa e ela disse ter gostado de mim. No entanto, ela simplesmente saiu do meu perfil. No mesmo dia, recebi um e-mail da Cultural Care, falando sobre essa família. Eu fiquei :O . Dessa vez, foi my mistake. No status do meu skype estava escrito "I'm evil" e claro que isso pegou super mal. Eu, no lugar dela, faria o mesmo. Iria entrevistar outra pessoa. Eu havia feito esse status estúpido, brincando com meu namorado (que na época era apenas meu amigo). Era um total deboche. Eu sou daquelas que desvio para não pisar na formiga e deixá-la viver. Eu simplesmente estava brincando. Mas, a Host Mom não me conhece. Eu fico chocada por me lembrar da minha estupidez. De qualquer modo, eu não tinha sentido o tal feeling e não adiantava chorar pelo leite derramado.

Outra família entrou em contato comigo, essa era do estado de Nova York. Eles eram chineses e eu conseguia ouvir muito bem o sotaque deles. Eu achei bem interessante o perfil da família e fiquei bem interessada em saber mais sobre eles. Eles quiseram me ligar antes de usarmos o Skype. And guess what? Eu não conseguia entendê-los. Eu não entendi quase nada. Foi tão frustante. E eles, imediatamente, saíram do meu perfil. Confirmei com a Cultural Care e fui informada que realmente meu inglês tinha sido o motivo da família nem querer o skype. Eu fiquei chateada nos primeiros dez minutos, porque depois achei bom. Ah! Se não tinham um mínimo de paciência com meu inglês, imagine só com as demais coisas mais complexas?!


Nesse ponto, minha preocupação já estava estourando e conversei com a Cultural Care para me ajudarem de algum modo. A agente marcou um novo teste de inglês comigo, fiz o teste pelo Skype e me enchi de esperanças quando ela disse que meu nível de inglês estava melhor. Eu estava estudando todos os dias. Mas, minha sorte não mudou. Era azar mesmo. Um homem de New Jersey entrou em contato comigo. Era para eu cuidar de apenas uma menininha de 3 anos de idade. A região dele tem mercados e restaurantes brasileiros. Poderia ir facilmente para New York City, A mãe não morava em casa e ele passava muito tempo trabalhando. Eu tinha gostado do perfil. Porém, ele ficou mais de um fucking mês no meu perfil sem marcar uma entrevista de skype. Quer dizer, ele marcava e desmarcava. Depois de mais ou menos um mês e meio, finalmente nos falamos por skype. A filha dele não parava de gritar um só minuto e ele estava super estressado, desgastado. Ao invés de isso me afastar, eu senti ainda mais vontade de ser Au Pair dessa Host Family. Pensei que eu poderia realmente ajudar. Eu tenho paciência com criança e ele estava tão exausto. Enfim, ele me disse que queria fechar comigo, mas precisava resolver uns problemas e eu esperei mais um mês. Ou seja, por dois meses e meio ele estava com meu perfil (perfil que estava bloqueado para outras Host Families. Mas, ok! Ele disse que fecharia comigo e eu tinha gostado da ideia. Conversamos mais uma vez por skype e ele disse que estava vendo tudo. Depois de três meses com meu perfil, ele simplesmente me disse desculpas, contudo não poderia fechar comigo. Que na verdade, estava deixando a ideia de ter Au Pair no momento. Ele me explicou que estava em processo de divórcio e não tinha certeza se continuaria casado ou não, por isso, era melhor deixar isso para depois. Eu entendi. Desejei o bem para ele (de verdade mesmo). Eu desconfio que a esposa voltou com ele. Sei lá.. só sei que o tempo estava passando. E enquanto toda essa lambança ocorria, eu tentava ter suporte e conselhos da Cultural Care, mas havia tantas coisas acontecendo. Por exemplo, a agente que me atendia, não estava mais empregada na Cultural Care e por um tempo, eu não tinha agente. O pior é que levou tempo para eu ter resposta e a agente nova, pouco sabia de mim ou do que fosse. Meu tempo estava passando e tudo isso acontecendo.

Foi, então, que eu decidi fazer minha inscrição na AuPairCare, onde fiz meu match. Se quiser conferir, eu contei tudinho também no texto Au Pair - Entrevistas com as famílias - AuPairCare.

Durante três meses, estive online na Cultural Care e na AuPairCare. Apareciam algumas pessoas no meu perfil, mas nem falavam comigo e fui tentando relaxar. Não adiantaria o desespero. Só tentei mesmo, porque não relaxei nada hahahaha.

Meu aniversário é 9 de setembro. Dia 30/07/2013 recebi o seguinte e-mail da Cultural Care:

"Olá Flávia, como vai?

Tentei contato com você hoje, porém sem sucesso.

Infelizmente já passou a data pela qual você poderia viajar como au pair, vez que você fará 27 anos em Setembro.

Agradecemos muito seu interesse no programa de intercâmbio e desejamos muito sucesso em seus planos futuros.

Estou a disposição

Atenciosamente
Fulana"


Eu sei que posso parecer chata. Mas, quando construímos um conho e alguém nos diz "obrigada, porém não dá mais" é muito frustante. Além do mais, embora a Cultural Care era maravilhosa em muitos aspectos, eu tinha críticas sobre como as famílias seguram nossos perfis, por isso, respondi:"Fulana, 

Muito grata pelo seu e-mail.

Nos últimos meses, me inscrevi na AU PAIR CARE e lá tive muito sucesso. Não posso reclamar da CULTURAL CARE, fui bem atendida e tudo mais... Mas sinceramente, o programa que vocês usam para escolher família é muito inferior se comprar com a APC. Bem, o fato da família "segurar" nosso perfil enquanto está apenas analisando, é péssimo.  Tantas famílias mostram interesse e nada.. E as que ficam por semanas e nada.. Eu acho que isso poderia ser revisto. Estou escrevendo o e-mail como uma crítica construtiva. Uma vez, a Siclana me disse que esse era um meio de não nos confundirmos. Mas perae.. se a pessoa se confundir com isso, melhor nem ir pra outro país cuidar de crianças. Nada disso...
Em três meses na APC eu tive muito mais sucesso do que o ano inteiro na CC, somente porque as famílias já enviam e-mail em seguida do interesse, bem como várias podem ver nosso perfil ao mesmo tempo. Assim como a família pode escolher entre várias au pairs, é bacana que nós tenhamos o mesmo. Eu pude escolher, conversando com várias famílias ao mesmo tempo. Eu vou ser au pair pela APC.

Hoje, eu indico a APC e espero mesmo que a CC melhore nesse aspecto. Vocês estão lidando não só com clientes, mas com os sonhos delas.


Desejo-te em 2013 repleto de sucesso

Atenciosamente,
Flávia"



Ela me respondeu:

Olá Flávia,

Muito obrigada pelo retorno.

Nosso processo de colocação é extremamente personalizado buscando sempre atender as necessidades das famílias e das au pairs, buscando perfis parecidos, com os mesmo interesses e gostos. Este tipo de processo de colocação auxilia a au pair e a família a obterem um ano de muito mais sucesso.

Fico muito feliz em saber que você irá realizar o seu sonho, muito sucesso nesta nova etapa.



Estou a disposição


Atenciosamente,
Fulana"

Talvez, essa seja realmente a opinião dela. Talvez, ela apenas esteja cumprindo com o dever. Talvez, ela nem tenha autonomia para lidar com isso. Mas, sinto-me bem por ter me expressado. Pode ser que todos tenham sucesso e foi besteira minha. Mas, ainda acho que uma Host Family nos bloquear para outras não ajuda em nada. Depois disso, nem pesquisei sobre isso, se ainda utilizam o mesmo método, apenas segui minha vida na AuPairCare.
No final das contas, foi uma experiência e tanto. E hoje, eu vejo que ainda que o método de fazer o match com as famílias não seja meu favorito. No final das contas, eu tive mesmo foi AZAR.









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Au Pair - O que as Host Families perguntam nas entrevistas? E quanto às perguntas das(os) Au Pairs?

Quando decidimos ser Au Pair, estamos tomando um grande passo em nossas vidas. Em geral, somos jovens e lotadas(os) de sonhos. Se você for como eu e nunca tiver saído de casa por mais de uma semana antes disso, o passo é ainda maior.

Primeiro ficamos curiosas(os) sobre qual a melhor agência, quais os passos mais sábios para tomarmos inicialmente, e assim por diante. Depois que tomamos as primeiras decisões, começam as ansiedades a respeito de como se dará todo o processo até colocarmos nossos pés no país estrangeiro que no meu caso foi os Estados Unidos.  Uma das coisas que nos questionamos e nos cobramos muito é sobre as entrevistas com as famílias e hoje decidi comentar um pouco quais perguntas as famílias me faziam geralmente e quais perguntas as Au Pairs poderiam fazer.




Em geral, as agências usam o seguinte método para ocorrer um match entre a Au Pair e a Host Family: A Au Pair faz um perfil, disponibiliza para a agência. As Host Families têm acesso a esses perfis e escolhem aqueles que mais lhes agradam, depois disso, contatam a Au Pair. Ao gostar do perfil da Au Pair, a Host Family envia-lhe um "interesse", mas isso é feito pelo programa da agência, não significa que de fato a Host Family vá conversar com a(o) Au Pair. No início, eu me sentia insegura de enviar um e-mail para a Host Family antes que ela enviasse para mim. Eu esperava que a família me contatasse primeiro. Com o tempo, mudei de ideia e ponderei que caso a família tivesse tido interesse pelo meu perfil, não teria problema algum mandar um e-mail a ela falando sobre o meu interesse. Então, eu analisava e se gostasse também do perfil da família, enviava um e-mail resumindo um pouco sobre mim e demonstrando meu interesse. Nunca tive problemas com isso, não sei se foi o melhor ou não, o que posso afirmar é que foi o que decidi fazer na época.

Enfim, ao conseguir contato com as famílias, em geral, combinávamos conversar por skype e mesmo com um inglês capengando, eu conseguia conversar o básico.



As perguntas que eu mais recebia eram basicamente estas:

  • Por que você quer ser Au Pair?
  • Por que você acha que seria uma boa Au Pair?
  • Qual sua experiência com crianças?
  • Que tipo de brincadeiras educativas você faria com as crianças?
  • Como você lidaria com uma situação x (por exemplo, as crianças fazendo birras ou as crianças agitadas e o dia estar chuvoso, etc)
  • O que você quer estudar?
  • Qual sua experiência em dirigir carros?
  • O que você pretende fazer em seu tempo livre?
  • Como você lidará com a homesick?
Essas perguntas são as mais gerais e independente do perfil da família, geralmente eram perguntadas. As demais perguntas, em geral, envolviam a realidade das famílias. Veja alguns exemplos de perguntas mais específicas que foram feitas para mim:
  • Como você lidaria com uma família vegana?
  • Você se importaria de viajar todas as semanas? Temos duas casas, uma em Pensilvânia e a outra em Nova Iorque.
  • Você sabe Art & Craft. Eu quero que minha filha faça pelo menos uma Art & Craft por dia?
  • Qual sua experiência em dirigir na estrada?
  • Eu sou alérgica a alho, seria um problema para você não ter alho de modo algum em casa?
  • Somos judeus e as compras de casa só podem ser feitas em alguns mercados específicos, além disso, seguimos regras sobre a alimentação, não misturamos carne e queijo, por exemplo. Você se sentiria à vontade em seguir nossa dieta e apenas ter uma dieta diferente fora da nossa casa?
E por aí vai. Como cada família tem suas similaridades, as perguntas serão feitas de acordo com que a família quer de você. As famílias perguntam tudinho e a(o) Au Pair será cobrada(o) mais tarde pela família à partir do que respondeu. Ah! Vai! Então, eu gostaria de entender por que raios algumas(ns) Au Pairs não fazem perguntas que são importantes para elas? É um medo de perder o match que se esquecem da importância em ter o match com uma família que se encaixe no seu próprio perfil. 

Claro que é importante o bom senso e não sair fazendo umas perguntas inúteis ou sem cabimento. Contudo, algumas perguntas são bem importantes para que a(o) Au Pair também tenha noção de onde ela(e) vai pisar. A realidade mesmo só é conhecida na prática, no entanto, já é possível ter uma ideia de como pode ser a rotina e exigências da família e isso ajuda muito. Por isso, veja o que é prioridade para você e faça sim perguntas. Por exemplo, se para você é muito importante não ter horário para chegar em casa, você quer passear nas noitadas, pergunte sobre isso para a Host Family, porque se você não perguntar e a família decidir passar um curfew, sorry!!! Mas, eles estarão fazendo o que é permitido. Tem famílias que se apegam a isso, outras não, se isso for importante para você, já descarte aquelas que não lhe permitiriam sair pelas madrugadas, já evita um problemão. Por exemplo, eu nunca fui muito de passear à noite. Gosto, mas só de vez em quando, então, para mim, isso não era nem um pingo importante, nem perdi meu tempo perguntando sobre isso. Só para vocês terem uma ideia, ambas minhas famílias me deram o curfew para voltar até 00:00 quando eu fosse trabalhar no dia seguinte. Nos dias que eu não fosse trabalhar, tinha sinal verde para voltar a hora que quisesse. E olha que cheguei nos EUA como Au Pair com quase 27 anos :O .

Voltando as nossas perguntas, outra coisa interessante é você perguntar sobre as crianças. Isso vai mostrar para as famílias que você se interessa pelas crianças e não está indo pelo programa Au Pair só pro causa do preço hahaha, mas também será útil para você. Afinal, a maior parte do seu tempo gasto é ao lado das crianças. É importantíssimo você saber como são as crianças que você cuidará.

Resumindo, é relevante perguntar o que for essencial para você e também o que vai afetar sua vida quando for Au Pair.

Sugestões de algumas perguntas:
  • Qual a normal rotina das kids?
  • Quais as atividades que as kids mais gostam  de fazer?
  • As kids têm alguma alergia?
  • Qual a melhor maneira de lidar com as kids quando elas estão tem temper (aquelas birrinhas, sabe?)
  • Qual o meu curfew? (horário limite para chegar em casa)
  • Eu posso usar o carro? Tem transporte público?
  • Tem Universidades e/ou Community Colllege ao redor?
  • Quais minhas responsabilidades como Au Pair?
Essas e outras perguntas ligadas ao seu dia a dia e sua realidade, são importante de serem feitas. Também, existem perguntas mais específicas. Por exemplo, como não sou religiosa e jamais quero me sentir forçada a participar de qualquer coisa religiosa, eu questionava sobre como a família se sentia diante disso. Então, aquela família mais religiosa e que quisesse que a Au Pair a seguisse, já saberia que eu não seria a  pessoa ideal e no final das contas, todos ficávamos felizes. Só por curiosidade, eu até participei de alguns eventos religiosos dos quais me diverti e gostei, mas nunca fui forçada, muito menos me senti forçada a ir, simplesmente fui por minha total vontade.

Quando for possível faça perguntas por e-mail. Na maior parte das vezes, a entrevista ocorre por Skype e não dá pra fazer isso, mas quando der, vale a pena! ;) Para qualquer coisa profissional, os e-mail podem servir como documentos. Por exemplo, se a família se compromete a deixar a(o) Au Pair escolher os dias de férias que ela(e) vai ter durante o intercâmbio e mudam de ideia sem a aprovação da Au Pair, o e-mail que constava o comprometimento da Host Family pode ser útil. E sabe, vou além, quando for combinar alguma coisa com a Host Family, pode exemplo, sobre os estudos ou o que for, realmente, tente usar o e-mail. Lá vai aparecer certinho como foi a conversa e como ambos lidaram com a situação. E-mail é mara!

Está vendo? Mais simples do que você pensava, não é mesmo? Então, bora ser entrevistada(o).

Quer conhecer um pouco da Rotina com as Kids? Dá uma olhada no vídeo abaixo que eu conto a experiência que tive com duas famílias:





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Será que para toda a panelinha Au Pair, existe uma tampa Host Family? Como encontrar a Host Family perfeita? Como lidar com os problemas com a Host Family?

Como encontrar a Host Family perfeita?
Será que para toda a panelinha Au Pair, existe uma tampa Host Family?

Fazer o intercâmbio de Au Pair, exige muita coragem. Isso porque decidimos ficar longe da nossa família e amigos. Damos um tchau para nossa Zona de Conforto sem saber ao certo o que esperar.

No final das contas, decidimos fechar contrato com uma família que não conhecemos pessoalmente e que estará muito muito muito longe de tudo que conhecemos. Passamos a morar com essa família, dividindo os dias bons e os dias ruins. 

Sabe quando temos um dia ruim no trabalho e ficamos esperando o final de semana para fugir um pouco das chateações? Pois é! Au Pair não tem esse privilégio. Moramos onde trabalhamos. Durante todo nosso intercâmbio, estaremos convivendo com nossa família nos dias que queremos e nos dias que não queremos também.

"Ok, Flávia. Chega desse papo chato e bora falar onde está a Host Family perfeita."


Certo, certo, certo. Já vou contar tudinho. Primeiro vou responder um questionamento que sempre é polêmico e está na boca das antigas, atuais e futuras Au Pairs: Tem Host Family perfeita? Gente, claro que tem. Existe sim. Perfeitinha! Isso mesmo, existe a possibilidade de encontrar uma Host Family perfeita. Também existe a possibilidade de você ver um ET. Existe a possibilidade de você ficar bilionário ganhando na loteria. Existem possibilidades para tantas coisas.

Honestamente, tenho observado algo. Quando uma Au Pair compartilha nas redes sociais que ela tem uma Host Family perfeita, as chances dela estar com essa família há menos de 3 meses são altíssimas. Quem me motivou a escrever este texto, foi uma dessas meninas. Ela disse que era cruel muitas Au Pairs falarem que não tem Host Family perfeita e que a dela era. Eu comentei que estava feliz por ela e perguntei há quanto tempo ela era Au Pair. Não tive resposta e fui até o perfil dele. Lá, encontrei postagens que indicavam que ela era Au Pair há 2 semanas. Gentemmmmmm!!! Duas semanas!!!! É muita imaturidade tirar conclusões em uma semana. É óbvio que ela não teve tempo algum de analisar e saber se a família é ou não perfeita.  Eu desejo, profundamente, que ela viva essa perfeição durante todo o programa. Mas, não posso ignorar o fato de que ela está na fase da "lua de mel" e essa fase é, definitivamente, ótima.

Espera, não quero destruir as esperanças de ninguém. Lembre-se, ninguém pode afirmar que é impossível você ficar bilionário ganhando na loteria.

Isso não é ser negativa, como algumas futuras ou recém-chegadas Au Pair afirmam. Isso é pura realidade.

A boa notícia é que nem tudo é ruim. Vamos comparar o relacionamento de Au Pair e Host Families com um casamento. Quase todo mundo quer casar, quase todo mundo reclama, no início - em geral é uma maravilha, alguns se divorciam. Entre os que divorciam, alguns não querem mais saber de casamentos, outros já procuram um novo par. Com Au Pair, é parecido. Queremos o match, reclamamos sobre a Host Family, embora no início seja uma maravilha, algumas pedem rematch. Entre as que pedem o rematch, algumas não querem saber do programa, outras já procuram uma nova família. e assim por diante.

Quando uma Au Pair reclama de sua família, ela está apenas sendo Au Pair. É natural, em um relacionamento, termos decepções e não há nada de errado nisso. É importante entendermos isso. Precisamos entender que ao escolher uma família, vamos lidar com problemas e isso é super normal, isso é típico de qualquer tipo de relacionamento.

Algumas Host Families são simplesmente péssimas. Horríveis a ponto de serem expulsas de agências. Infelizmente, muitas vezes, não podemos prever. Algumas mentem, por exemplo. O que podemos ter em mente é que sempre é possível um rematch. E o "pior" que pode acontecer é voltarmos para casa e isso não é ruim.

Entretanto, tem muitas coisas que podemos detectar logo no início. Quero dizer, ainda que saibamos que a possibilidade de encontrar uma Host Family perfeita é  a mesma de ficarmos bilionários na loteria, podemos tomar passos para conseguirmos uma boa Host Family.

Inicialmente, é importante cada um questionar a si próprio quais são as prioridades a serem consideradas. Se eu sou baladeira, preciso procurar uma família que não me impõe curfew. Se eu tenho dificuldade em lidar com adolescentes, preciso encontrar uma família que tenha bebês ou criancinhas, e assim por diante.

Quer dizer, muitas coisas, podemos resolver ainda na entrevista, se deixarmos de lado nosso desespero pelo match. Uma família entrou em contato comigo e reclamou do piercing que tenho no nariz. Sinceramente, eu não me importaria de tirar meu piercing. Mas, entendi que a família tinha uma perfil que não me agradaria. Para mim, era importante que a família não me cobrasse religiosidade alguma, então, esse era um assunto que eu tratava logo na entrevista. Claro que eu tinha medo de eles acharem ruim eu perguntar isso, mas era mais importante ter um match com uma família que respeitasse o que é importante para mim, do que aceitar tudo o que não quero. Faça perguntas que são importante para você e não ignore coisas que já na entrevista ou no perfil da família tenha te incomodado.

Depois da entrevista, tem os primeiros dias na casa da Host Family e esse período pode ser bem decisivo. Devemos dosar uma atitude ativa com a passiva. Ou seja, por um lado, devemos estabelecer regrinhas para a família não abusar. Por exemplo, não ficar mais tempo do que devemos trabalhar porque ficamos sem graças. A família está atrasada, já mostre seu posicionamento. Seja ativa e não aceite. Por outro lado, devemos ter nosso lado passivo. Como em todo o relacionamento, é importante abrirmos mãos de algumas coisas. Ter o equilíbrio entre ser ativo e ser passivo sempre foi uma das minhas maiores dificuldades e foi algo que me atrapalhou muito. Aprender a dizer não, pode ser um grande desafio.

Com o tempo, a intimidade criada entre Host Family e Au Pair, pode ser bem positiva, mas traz também outros probleminhas. Se a família está abusando da Au Pair, ainda que emocionalmente, eu acredito que o Rematch seja a melhor saída. Mas, em outros casos, como coisas temporárias (a vó das crianças veio passar as férias e opina demais de irritando) ou coisas muito pequenas, o ideal é tentar se desligar. Eu usei a meditação e isso me ajudou muito. Procurava instruções no youtube e me acalmava muito. Também, é importantíssimo lutarmos para termos uma vida além da Host Family. Quer dizer, por mais que nos sintamos cansados, é essencial, sairmos com amigos ou dar uma caminhada mesmo que em volta da rua, Se trancar no quarto todos os dias não vai ajudar. Tente evitar isso. Também, não leve as coisas tão a sério. Minha Host Mom, às vezes, brigava com o marido e ficava de mau humor. No início eu sofria, depois, passei a me desligar. Esse não era um problema meu. Alias, entenda isso, como Au Pair ou não: não sofra com os problemas que você não pode resolver.

Para finalizar, quero deixar um conselho para as futuras Au Pairs. Quando você ver as inúmeras reclamações das Au Pair sobre suas Host Families, não as julgue, seja paciente e tente entender. Você provavelmente estará em situações similares quando for Au Pair. Quando ver uma Au Pair falando que sua Host Family é perfeita, fique feliz por ela, mas entenda que é uma questão de tempo para os problemas aparecerem. E não precisa ficar com medo, cada caso é um caso e você só saberá o seu caso se se permitir vivê-lo. Tenha em mente, também, que os problemas surgirão e quase todos eles poderão ser resolvidos. Você aprenderá muito. E, mais, além dos problemas, você viverá experiências magníficas e inesquecíveis.
Boa sorte!  Que sua Host Family te traga muitas boas memórias!




Já conhece meu canal no Youtube? Ainda não? Corre lá www.youtube.com/c/flaviazayas, se inscreva e aproveite! Também tenho um instagram com dicas de inglês o/ @inglesflaviazayas

Meu pai, minha mãe, meu responsável é contra o programa Au Pair. E agora?

E quando os país são contra o Intercâmbio de Au Pair :(

Dá até para entender a insegurança de alguns país de sua(seu) filha(o) ir para tão longe de sair das asas das proteções que se tem em casa. Para somar , ainda existem aquelas notícias sobre tráfico humano, tráfico sexual, tráfico de órgão e por aí vai. No final das contas, muitos de nós, enfrentamos problemas para vivermos o novo.

Esse post não é para ser contra os país, para falar a verdade, pelo contrário. É preciso que compreendamos todos os sentimentos que eles passam e toda a dedicação que eles tiveram durante toda a nossa vida.

Morar fora do Brasil, como Au Pair, nos faz crescer muito. Porém, para não virar uma experiência de perigos, eu recomendo que a(o) interessada(o) nesse intercâmbio, procure uma agência confiável e registrada pela governo dos EUA. Certo?

Você pode encontrar a lista das agências licenciadas pelo governo americano no site a seguir:
https://j1visa.state.gov/participants/how-to-apply/sponsor-search/?program=Au%20Pair&state=any

Além das pesquisas, algo que pode ajudar nesse processo, é que os pais ou responsáveis ouçam experiência de outros responsáveis sobre o programa Au Pair. Por isso, recomendo que assistam ao vídeo abaixo, do qual minha mãe falou um pouco sobre as aflições e conquistas em se ter uma filha que foi Au Pair.

Espero que possa ser de ajuda e se divirta o/





Ser ou não ser au pair. Eis a questão! Vale a pena ser au pair?

A difícil decisão em optar ser ou não au pair passa pela cabeça de milhares de pessoas todos os anos. Por um lado, os preços são atraentes e a possibilidade de viver em solo estrangeiro é bem interessante para aqueles que querem viver novas experiências. Por outro lado, ficar longe da família e amigos e ainda morar com pessoas que não se conhece bem, parece ser assustador.

Ser ou não ser au pair. Eis a questão. Seria muito fácil responder a essa indagação com um SIM ou um NÃO, certo? Nope, sinto muito. Erradíssimo. São tantas coisas para serem consideradas que seria imaturo e preguiçoso limitar toda complexidade envolvida em apenas uma resposta curta.

É importante se perguntar se o programa vai atender ao que você procura, e se você está disposta(o) a viver as regras do programa.

Certa vez, assistindo a um vlog que discutia sobre o quão vale a pena ser au pair, (infelizmente não o encontrei) a vloger disse algo que me deixou inculcada. Ela afirmou que a au pair é alguém que está fugindo de algo. Seja o algo que for. Pode ser que a pessoa queira fugir de sua realidade, seu trabalho, seus pais rígidos, talvez a fuga seja de si mesma, e por aí vai. Num primeiro momento, achei até meio agressivo e minha reação foi responder para ela (isso mesmo, eu estava falando com o computador) "isso não faz sentido algum, eu não fujo de nada e sequer preciso de qualquer razão para ser au pair, a não ser pelo simples fato de querer e ponto final". Aquilo não saiu da minha mente, até poder assistir ao vídeo novamente no dia seguinte. Parecia que algo havia mudado. Eu, no fundo, reconhecia que ela tinha razão. Minha vida era ok. Sou amada, tenho centenas de amigos. Uma família linda que amo. Tenho a profissão que almejei ter. Longe de ser tudo perfeito, sempre enfrentei um trilhão de problemas, mas num balanço geral, minha vida era boa. Do que eu fugia? Ora, era disso tudo mesmo. Era de ser tudo okay. Sentia uma necessidade enorme de poder viver outras situações e ver se ficaria tudo okay ou mais okay do que o okay usual. hahaha. Talvez houvessem outras fugas, mas dessas me dou o direito de guarda-las comigo. Então, se hoje alguém me perguntar se vale a pena ser au pair, eu posso responder com força "VOCÊ QUER FUGIR DE ALGO? ENTÃO, SIM. MANDA A VER".



Aquele blá blá blá de aprender de verdade a Língua Inglesa é real e vale muito a pena, mas sinceramente, se você desconsiderar tudo ao redor e achar que isso pode ser uma exclusividade, sinto muito, corre um grande risco desse programa não ser o melhor para você. Óbvio que o inglês melhora e melhora muito. Eu até achava que arranhava o inglês. Isso até chegar nos EUA e entender uns 15% do que as pessoas me falavam. Mas, de um modo rápido e nem sei ao certo quando isso ocorreu, passei a entender o locutor do rádio, também os filmes, e claro, as pessoas em geral. Foi um sucesso interior. Que satisfação poder me comunicar em inglês! Quer dizer, SE VOCÊ TEM INTERESSE EM APRIMORAR SEU INGLÊS, ESSE INTERCÂMBIO É PARA VOCÊ. O problema é que ser au pair vai além de sair por aí falando e escutando inglês. Ou seja, "VOCÊ COLOCA COMO EXCLUSIVIDADE APRIMORAR O INGLÊS? ENTÃO, NÃO, ESSE INTERCÂMBIO NÃO É PARA VOCÊ".  Eu sei que pareço até cruel falando assim, mas sinceramente, tendo isso como exclusividade (veja bem, eu não disse prioridade), você poderá se frustar e muito, caso não considere as demais coisas.

Mas que raios de demais coisas são essas?




Em primeiríssimo lugar e sendo o paraíso ou o inferno de muitos, no programa de au pair você, essencialmente, cuida de crianças. Isso mesmo, a maior parte de seu tempo nesse intercâmbio é limpando bumbum, alimentando, lavando e guardando roupas, dando carona, arrumando o lanche da escola e assim por diante. Aquela pessoa que não gosta de crianças, poderá se sentir bem frustada. Por isso, para ser au pair, é importante ter em mente que você cuidará de crianças, assim que você gastará a maior parte de seu tempo e que os responsáveis delas quererão que você "goste" de fazer isso. VOCÊ NÃO SUPORTA CRIANÇAS? ENTÃO, NÃO. FUJA ENQUANTO HÁ TEMPO"



Não menos importante, é o fato  que você estará incluída numa nova cultura, o que significa que para sofrer menos e aproveitar mais, é essencial que entenda que nem tudo será como você está acostumada. Ora você pagará mico, ora ficará com raiva e ainda tem aqueles momentos que você não entende nada. A descoberta do diferente, também poderá fazer com que você entenda melhor o outro e entenda a si própria (sei que parece até filosófico, mas é verdade... quem sabe um dia desses dedico um texto só para isso).  VOCÊ GOSTA DA IDEIA DE VIVER UMA NOVA CULTURA? ENTÃO, SIM. ENJOY IT!


Não é só a cultura que é diferente, viver na casa de uma outra família é um desafio. Creio que seja o maior de todos na vida da au pair. Imagine se você tem uma chateação na empresa em que trabalha. Vá para a casa, passe um final de semana delicioso e se renove para encarar os problemas no trabalho. Pois é... a au pair não tem disso, simplesmente você mora onde trabalha :O  Simpirilim. Mas não é só isso, você está longe de seus amigos, seus pais, você está com você mesma e terá que enfrentar os problemas grandes e pequenos de uma maneira que você não enfrentava em sua zona de conforto, no colo daqueles que te conhecem muito bem. VOCÊ NÃO PODE SAIR DA ZONA DE CONFORTO? ENTÃO, NÃO. VAI SER DIFÍCIL PARA VOCÊ LIDAR COM QUASE TUDO. MAS, REPENSE, TALVEZ VALHA A PENA ENFRENTAR O NOVO .

A saudade que se sente dos amigos, familiares e da comida pode ser muito mais forte do que você imagina. Tem dias que dá vontade de sair correndo, gritando  - como uma louca - e entrar no avião. O bom que é na vida da au pair, creio que se encaixe bem aquele dizer "depois da tempestade vem a calmaria". O outro dia parece ser mais fácil e o coração acalma.

Ainda me dói pensar no meu rematch, pensar nas vezes que queria minha família e amigos ao meu lados. Das saudades que tinha da minha mãe. As vezes dava um desespero... vontade de sair gritando e pegar o primeiro avião (com destino a felicidade hahaha). Era difícil lidar com a a Host que queria "economizar" comida comigo.  O cansaço era enorme quando eu trabalhava mais do que eu deveria ou quando a vó da Host me tratava mal. Tive dias tão difíceis dos quais eu me questionava "O que estou fazendo aqui? Eu não preciso passar por isso."

Foram muitas dores, foram dias difíceis em que eu só pensava em desistir. Entretanto, foram dias de muita aprendizagem e de muitas risadas. 





Eu ainda lembro vivamente das viagens que fiz. Quando estava em frente  White House. Quando conheci montanhas lindas em North Carolina e Arkansas.Apreciei as lindas praias da Carolina do Sul. Quando vi as estações mudarem, as folhas laranjadas e vermelhas, a neve dificultando meus passos. Fui na Central Park em NYC e lá me desenharam. Vi o quanto acho parecido New Jersey e New York Fui nas Baladas de DC e de Maryland. Fui no show do Aerosmith na Virginia. Senti amor no Thanksgiving e medo no Halloween. Abracei tantas culturas e ouvi muitas línguas. Estudei sobre drinks e visitei museus. Recebi amor de criancinhas que corriam para me dar um abraço quando eu começava meu trabalho. Vivi (e vivo) um grande amor. 

Fiz amizades, fiz memórias e fiz muita história
.Tudo isso é real e muito. Também são reais as viagens. Os amores e desamores. As risadas das crianças. As saudades gostosas. A (re)construção de um novo ser cheio de novas experiências e que nunca mais será o mesmo. O aprendizado. O mundo da au pair só a au pair pode sentir como é.

Que coisa né... e daí? Vale a pena ser au pair. Eu não poderia responder SIM ou NÃO, porque simplesmente, resposta não há. Cada experiência é única, cada criança é um ser em particular, cada família tem suas singularidades. Nunca conseguiria aceitar que ser au pair é perder tempo. Isso não. Não sei se para a Marília, a Júlia ou a Carol valeu a pena. Não sei quais foram suas dores, seus risos. Não sei como será para a Beatriz. Mas sei que só poderá saber, se tentar.  Aí, cada um deve avaliar o quanto arriscaria um ano para ser um dos melhores ou piores de sua vida.

No final das contas, pode ser que você não goste de cuidar de crianças, que você queira - como exclusividade - aprimorar o inglês, até mesmo pode ser que você esteja nem aí para conhecer uma nova cultura, e ainda assim, ser a melhor experiência da sua vida.

Eu chorei, eu sofri, eu ri, eu conheci e reconheci. Não foi fácil e longe de ter sido um mar de rosas, no entanto,  para mim, valeu a pena e valeu muito. Cada choro foi compensado pelo dobro de risadas. Cada sofrimento foi ofuscado pelos conhecimentos. EIS QUE FUI AU PAIR!



Confira no vídeo abaixo 5 pontos positivos e 5 pontos negativos na vida de Au Pair :)










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Tenho um relacionamento e quero fazer intercâmbio, e agora?




Galera, cada um é cada um, claro!!! Cada caso é um caso!!!!

Quer dizer, não existe fórmulas ou modelos perfeitos para nada, quando o assunto é VIDA. Ainda assim, acho que vale a pena passar a "dica" abaixo:

Vejo uma galera super preocupada com os relacionamentos amorosos x fazer intercâmbio. Ora não sabem se devem fazer o intercâmbio tendo um relacionamento no Brasil, ora não sabem se devem deixar o país do intercâmbio ao ter iniciado um relacionamento. Já vou adiantar que não tenho a resposta para ninguém e - para falar a verdade - acho que a única pessoa que tem essa resposta, é você mesmx. De qualquer modo, na hora do aperto, a gente tende a procurar ajuda de quem passa ou já passou pela mesma coisa (super natural, né?!), o problema é quando a gente recebe um monte de informações externas e nos esquecemos de nos perguntamos sobre o que realmente queremos.



Eu não tenho um relacionamento perfeito (embora seja perfeito para mim so far), mas passei por uns apertos ... Eu atrasei minha vinda aos EUA por causa de um relacionamento no Brasil (só não me arrependo porque consegui ser Au Pair - ainda que de última hora). Meu ex-namorado não me pressionava para ficar no Brasil. O problema fui eu mesma. Primeiro porque eu era insegura e achava que iria perdê-lo se fosse embora. E, sinceramente, eu não queria ficar longe dele. Na época, eu não tinha necessariamente desistido de ser Au Pair, mas fui deixando de lado. No final das contas, ele acabou se envolvendo contra pessoa e eu comecei a pensar mais em mim. Foi uma época de muita descoberta e, entre tudo, passei a correr atrás de ser Au Pair. Eu conto sobre como foi o fim do meu relacionamento, se quiser dar uma olhadinha, acesse: Fim do meu relacionamento.



Durante o programa Au Pair, conhece um novo amor. Em verdade, eu já o conhecia online há muito tempo, entretanto, só o conheci - pessoalmente - depois que iniciei e o programa Au Pair e logo assumimos um relacionamento sério. Finalizando o intercâmbio, decidi voltar para o Brasil e decidir nosso casamento depois. Ouvi tantas coisas ruins a esse respeito, do tipo que"ele iria me trair. Eu ficaria deprimida sozinha. Eu perderia a grande oportunidade da minha vida" e eu  sempre achei que ele tinha uma oportunidade tão grande quanto a minha por poder se casar comigo. Não é narcisismo, mas eu sempre achei que os dois estavam ganhando, ao meu ver, nunca foi uma vantagem para mim ele ser americano e desvantagem para ele eu ser brasileira e por aí vai.

Eu tinha em mente, que ainda que meu amor por ele fosse forte, eu precisava passar mais um ano ao lado da minha família antes de me casar. E, além disso, eu achava que se nosso relacionamento terminasse por ficarmos distantes durante um ano, para mim não valeria a pena insistir nesse relacionamento.


Enfim, no final das contas, nosso relacionamento nunca ficou abalado por eu ter voltado para o Brasil e agora (depois de um ano) estou aqui feliz ao lado dele, casadinha e curtindo a nova fase. E sobre meu ex, que eu dei ouvido a tantas pessoas e esqueci de ouvir a mim mesma, pois é, ele não está mais ao meu lado, e agora, faz apenas parte do meu passado.

Veja bem, meu interesse aqui não é fazer propaganda de uma vida perfeita... enfrento muitas coisas e sei que eu e meu bofe temos muitos defeitos como casal e como indivíduos. Mas, ainda assim, quis falar com vocês para mostrar que quando nos ouvimos, temos grande chances de conseguirmos sucesso. Porque somente nós mesmos podemos definir nossas prioridades. Quem tomou atitudes diferentes das minhas, não estão necessariamente erradxs. Talvez, para essas pessoas as prioridades e realidade são outras.

Seja como for, quero incentiva-lxs a serem mais amigxs de si proprixs. É importante conversar consigo e se perguntar sobre o que realmente te faz feliz.

Espero que isso ajude um pouquinho alguns dos corações aflitos

Quero recomendar um vídeo que fiz sobre como "enganar" os problemas: